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Scania amplia portfólio Super para atender segmento off-road

Com a inclusão de nova caixa de câmbio, fabricante sueca aumenta gama atendida pelo recém-lançado trem de força 

São Paulo, 5 de dezembro de 2023 – A Scania, líder na transição para um sistema de transporte e logística mais sustentável, anuncia a introdução do novo trem de força para a linha de caminhões mais pesados, voltados ao segmento off-road, que operam sob condições operacionais extremas como na mineração e transporte de cana-de-açúcar. Os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022.  

O novo modelo chegou ao mercado alinhado aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros. “A Scania adota o princípio da melhoria contínua e um sistema modular de produtos. Por isso, num primeiro momento, preparamos nosso sistema industrial para atender aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas e fora de estrada”, destaca Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.  

A ampliação do portfólio Super reafirma o compromisso da Scania com soluções de transporte que entregam maior eficiência energética, proporcionando ao cliente economia de combustível e maior disponibilidade do veículo. “Ocupamos uma posição de destaque em operações tipicamente pesadas e fora de estrada, tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, vamos trazer um novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado nestas aplicações”, complementa o executivo.  

Mais rapidez e economia de combustível estão entre as vantagens 

A novidade deixa o caminhão mais rápido e robusto. A caixa de câmbio vem com uma sessão planetária reforçada, chamadas G25CH e G33CH, é menor e tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Além disso, o novo escalonamento das marchas auxilia o arranque em situações extremas, como em rampas e com alto peso no veículo.  

Outras vantagens apresentadas são a contribuição na economia de até 8% de combustível (em relação a geração anterior), menor custo por tonelada transportada, e mais segurança ao motorista (é que, além do conhecido Retarder, o Scania Super traz agora o CRB – freio de liberação de compressão, trazendo de fábrica a combinação de freios auxiliares mais potentes do mercado). 

Maior disponibilidade da frota ao cliente

“Essa mudança também traz componentes com maior durabilidade e com  maiores intervalos entre as paradas necessárias para manutenção e reparos. Ou seja, é o caminhão mais tempo disponível ao cliente para trazer receita”, salienta Moraes, considerando que os novos motores e caixas de câmbio passaram por melhorias em seus componentes – auxiliando na redução do atrito interno e utilizando lubrificantes de última geração. Os novos motores alcançam eficiência térmica de aproximadamente 50%, uma nova referência na indústria.  

Em alguns casos, a combinação do novo trem de força Super com os planos flexíveis possibilitará até dobrar os intervalos de manutenção, mantendo o veículo mais tempo disponível para transportar carga e gerar receita. 

Modelos off-road Scania disponíveis para atender ao mercado

Na mineração, a linha Super chega com  os modelos G 460 6×4 e G 560 8×4 Heavy Tipper – ambos de motor 13 litros – e R 660 V8 10×4 Heavy Tipper (16 litros). 

Nas operações de cana e madeira, a linha Super é formada pelos cavalos mecânicos G 560 6×4 e R 560 6×4 – ambos com o motor 13 litros e especificados para um peso bruto total combinado (PBTC) de 74 toneladas, atuando em operações mistas de médios e longos trajetos rodoviários. Além da opção para a cana com PBTC de 91 toneladas, que começou a ser explorada no mercado neste ano.

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Exclusivo – Projeto Cerrado: conheça algumas curiosidades do megaempreendimento da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS)

Os dados são da edição 28 do Boletim Projeto Cerrado, de 07 de dezembro de 2023

A Suzano compartilhou na última quinta-feira (07), mais uma edição do Boletim Projeto Cerrado (Ed. nº 28), que trás algumas curiosidades sobre a construção do seu megaempreendimento, em Ribas do Rio Pardo (MS), que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

Com investimento de R$ 22,2 bilhões – um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade –, cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Plantio em massa

Uma das etapas mais importantes da operação florestal é o plantio das mudas de eucalipto para garantir o suprimento de matéria-prima destinada à produção de celulose na fábrica. Após sua chegada às fazendas, elas são cuidadosamente colocadas em viveiros temporários para preservar sua qualidade.

Com o terreno preparado, as mudas são cuidadosamente depositadas nas covas onde passarão cerca de sete anos crescendo, transformando-se nas árvores que serão colhidas ao final do ciclo. Essa atividade pode ser realizada manualmente ou com auxílio de máquinas.

Os colaboradores então realizam a primeira irrigação, frequentemente utilizando hidrogel, uma substância que assegura a umidade do solo e promove a saúde das plantas. Atualmente, a área florestal da Suzano conta com três módulos em plena operação em Ribas do Rio Pardo, cada um deles composto por aproximadamente 130 profissionais dedicados a essa tarefa.

Lavagem e Depuração

No complexo ciclo de produção da celulose, as fibras passam por um minucioso tratamento após o cozimento da madeira no digestor. A transformação começa com a Lavagem, essencial para recuperar os químicos residuais da fase de cozimento. Em paralelo, a etapa da Depuração entra em cena, separando impurezas como partes de madeira não cozida, areia e pequenos detritos.

Em seguida, vem a etapa de Branqueamento, verdadeiro spa químico. A celulose é submetida a uma série de estágios de reações com produtos químicos específicos, alternados com lavagens ao final de cada etapa. É aqui que sua qualidade é aprimorada para atender aos padrões praticados pela Suzano e às necessidades dos clientes.

Neste processo, equipamentos como os Filtros Lavadores DDW e os Depuradores desempenham papéis fundamentais, garantindo a purificação da celulose. A nova fábrica da Suzano conta com 10 desses filtros, espécie de tambores rotativos, sendo que alguns deles são os maiores do mundo.

Você sabia?

Depois de lavadas e depuradas, as fibras precisam ser secadas. Para isso, elas passam por um processo composto por prensas e aplicação de vapor e ar quente. Esse estágio, chamado de Secagem, é capaz de retirar cerca de 128 toneladas de água da celulose por hora.

A quantidade de água retirada em cada secadora seria suficiente para abastecer uma piscina olímpica a cada 20 horas – sendo 100% reaproveitada em outros processos dentro da fábrica.

A secagem é realizada por meio de grandes máquinas secadoras onde são formadas as folhas de celulose que chegam a percorrer uma distância de quase 1.200 metros dentro dos secadores. Na sequência, as folhas são cortadas e acondicionadas em fardos 250 quilos e depois em unidades de 2.000 quilos para os estágios finais da produção.

Por: redação Mais Floresta, com informações Suzano.

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Eu sou FLORESTAL mais que UNIVERSAL

Artigo de Sebastião Renato Valverde.

Quem me vê assim forte, grande, limpo e inodoro, maior e melhor que um nórdico, não imagina o quanto fui pequeno, fraco, sujo e fedorento, menor e pior que o grego do pergaminho. Fiquei grande e “bombadão”, mas sem o uso de anabolizante de cavalo e sem frituras. São muitos investimentos em academias e na minha dieta que, embora eu coma muito e ininterruptamente, ela é diet, zero óleo e gordura, vegana, sendo somente a base de um picadinho bem cozido e com sal a gosto para não ficar hipertenso, senão, posso explodir e matar todos ao redor.

Já tive época que eu parecia um panda de tanto comer bambu. Até que um dia, além de perceber que não engordava, senti uma corrosão no meu sistema digestivo, com dificuldade de mastigar e defecar. Daí me recomendaram a comer fibras mais curtas, então mudei a dieta radicalmente e passei a ingerir só madeira, como um cupim, só que gigante. Tornei-me mega obeso e, paradoxalmente, mais eficiente. Há quem aposte que em breve serei um combo de panda com cupim.

Já não tinha suco gástrico no estomago, era mesmo soda cáustica para dar conta de degradar tanta fibra dura e em grande quantidade. Além disso, depois de tanto picar e comer bambu, devido à sílica, meus dentes já estavam todos gastos. Tive que fazer implantes. Aproveitei e já implantei dentes de aço especial, inoxidável, salpicado com ferroligas de cromo e titânio a carvão vegetal.

Mesmo tendo evoluído, crescido e fortalecido, sempre me deparei com a vida aumentando o sarrafo para saltos mais altos a cada novo desafio. Reconheço que devo isso muito aos “verdes olivas” que, na década de 1970, me incentivaram a crescer, e aos de black ties após 2000 que me oportunizaram a ganhar o mundo.

Embora às vezes fosse prazeroso vencer os obstáculos, tiveram momentos que foram sofridos superá-los, mesmo assim procurei produzir com gosto as coisas que ajudassem a educar a sociedade, torná-la mais culta e mais limpa, seca e higienizada, deixando tudo embrulhadinho. No início não foi fácil. Desde cedo tive que enfrentar sozinho os obstáculos da vida, tanto para comer como para produzir. Pois, ainda recém-nascido e órfão não tive quem me alimentasse. Sempre renegado, as pessoas achavam demorado, caro e arriscado produzir o meu sustento dado as características do meu prato predileto. O que repelia a minha adoção.

Em que pese muita responsabilidade precoce, enquanto criança não deixei de fazer minhas travessuras que eram tratadas com certa naturalidade pelas pessoas. No mesmo rio que eu bebia água, descarregava o esgoto, defecava e urinava. Flatular era o meu forte. Na verdade, ainda o é, só que hoje consigo dissimular o barulho e disfarçar o cheiro de ovo podre borrifando essências florais na ponta do orifício. Embora ainda há quem goste deste cheiro alegando aroma da verdinha.

Ainda que poluído, era comum o gado pastar na beira do rio e, por incrível que pareça, ficava liso de gordo. Também pudera, parte da minha descarga era sal puro e quanto mais ele pastava e bebia, mais água tinha que beber. Hoje tais áreas viraram APPs que estão protegidas com as águas mais limpas e sem o gado. Sendo que este, já fora da APP, não mais liso, porém sadio.

Para compensar as travessuras de criança, hoje eu protejo as margens dos rios, as nascentes e os morros, além de manter uma grande área de mata para os bichos poderem correr, caçar e procriar.

Apesar de no passado eu não ter tido tanta dificuldade de gerar minha renda para sustento, pois era acessível coletar, vender e reciclar papel e fabricá-lo em pequenas quantidades, não havia tanta concorrência, inclusive, muito do que se tinha de papel no Brasil vinha de outros continentes.

Como ninguém me adotava, restou a mim mesmo, com muita dificuldade, produzir meu alimento. No início plantava em todo o meu quintal. Bicho nele era só inseto, réptil e anfíbio. Raramente paca, capivara e anta davam as caras por lá. Agora, como minha fome é enorme, tive que expandir meu quintal à décima potência e o que tenho de plantio, tenho de mato. E aí, haja mato e haja bicho grande e feroz. É tanto mato que tem onça aos montes. Quando elas deparam com os homens, até assustam. Também, pudera, um monte de homens feios no mato. Já, as mulheres mateiras, estas sim são deusas, mas aqueles, quanta diferença, quantos shampoos Colorama.

Sempre fui diferente dos meus vizinhos na roça. Enquanto eles produziam arroz, feijão, milho, verduras e legumes, eu produzia bambu e depois pau. Me achavam louco em produzir algo que demorava tanto tempo e numa época que havia tanto pau nas matas.

Até então, a sociedade aceitava, achava normal eu fazer xixi e kh no rio e flatular. Mas, com o tempo ela me pressionou dizendo que eu não mais poderia urinar, defecar e nem flatular. Eu poderia beber a água do rio, mas urinar só se a qualidade da urina fosse igual ou melhor que da água consumida. O resíduo sólido, nem pensar. Me obrigaram a tratar dele. Tive que fazer uma fossa séptica gigantesca, uma verdadeira estação de tratamento de esgoto.

Assim, para atender as exigências da sociedade, tive que crescer para sobreviver. Era crescer ou morrer. Preferi crescer. Crescer para produzir mais para que meus custos fixos caíssem pela quantidade produzida. Cresci, gigantiei-me. Não mais vendi produtos diretamente para a sociedade que as tornava cultas, limpas e embrulhadas. Somente produzi para quem incumbisse disso.

Os colegas que não cresceram, morreram. Alguns mudaram de ramo, outros somente a reciclar. Os pequenos que continuaram tiveram que transportar todo xixi e cocô para grandes lagoas até sucumbirem. Só que, como um dia de domingo, umas delas rompeu e despejou todo rejeito fedorento rio abaixo até chegar no mar.

Embora ninguém produzisse o que eu consumia, pelo menos, ninguém criticava o que e como eu produzia. Hoje, tendo sido forçado a crescer, a me gigantear e não desperdicei as oportunidades que os verdes olivas e de black ties me deram – até porque sou adepto a frase de cavalo arreado só passo uma vez e tratei logo de subir nele – resolvi expandir. Mas, por ser grande, fiquei muito visível. Virei vidraça e aí, dá-lhe pedradas. Me criticam de tudo que faço, como faço, o que utilizo e também daquilo que planto, produzo.

Atualmente meu maior problema nem é tanto o ambiental, mas sim, social. Não consigo atrair produtores para me abastecer. Como no passado, tenho que investir em terras e plantios quando poderia direcionar só para a indústria. Desta forma, me restou, desde nascença, me verticalizar e ser proporcionalmente concentrado. Ainda que seja aparentemente mais confortável produzir meu próprio alimento, o custo disso é maior do que se produzido por terceiros que não querem, haja vista o longo prazo e o custo inicial alto de produzi-lo, além de ter poucos consumidores por perto, incerteza futura no preço, inflação e juros estratosférico. Daí preferem produzir grãos para o mercado internacional e que é de curto prazo e recebem em dólar, verdinha.

Assim, se já não me alimentavam quando pequeno, quiçá agora que sou gigante, faminto e bocudo e que para sobreviver, fui obrigado a produzir cada vez mais meu alimento. Fui comprando tudo que é propriedade em volta para manter a minha obesidade. Os terceiros desconfiavam que eu não sobreviveria à obesidade mórbida por isso não plantavam com receio de não terem para quem vender o alimento já que não tinha outro guloso por perto, dado que tais alimentos não se viabilizavam transportá-los a longas distancias.

Em que pese o alimento ser o mesmo de quando eu era pequeno só que com quantidade maior, as críticas vieram com força dizendo que eu seco e empobreço a terra, àquelas que já planto e colho bem a quase um século no quintal. Também alegam que eu afugento os bichos, sendo que as onças tão quase virando animais de estimação na minha roça. E olha que tem uma turma de gente que fica no meu pé para ver se estou socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Uns tais de certificadores e competidores. Atendi a todas eles, mesmo exigindo de mim mais do que as legislações ambientais e trabalhistas. Como resultado disso e para me manter competitivo no Globo estou selado até à testa.

Consequentemente, pela característica do meu processo produtivo, jamais deixarei de ser verticalizado e concentrado. Poderei minimizar, mas deixar de ser, infelizmente, jamais. Além de não mais flatular, defecar e urinar no rio, consumo bem menos água pelo que, exponencialmente, produzo. Se no passado eu consumia em torno de 100m3 de água por unidade produzida, hoje são apenas de 20 a 30m3.

Enfim, evolui. Eu que já fui quase um escandinavo, superei-o. Hoje sou um Deus Grego suntuoso. Os meus concorrentes internacionais estão querendo pegar uma boquinha no Brasil pagando qualquer preço pelo meu passe e pelo dos meus concorrentes compatriotas. Espero que eu e nenhum deles se deixe seduzir pelo capital dos yankees ou de qualquer gringo e ceda o controle das nossas empresas.

Para quem ainda não me identificou e aos que não me conhecem, eis que não sou a Universal, mas, sim, a Indústria de Celulose Transnacional do Brasil, The Big and Best of the Universal.

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Bracell e Conservação Internacional inovam na análise de paisagens sustentáveis

São Paulo, 6 de dezembro de 2023 – A Bracell, líder mundial de celulose solúvel, promoveu uma reunião, no último dia 28 de novembro em Bauru (SP), envolvendo diversos agentes comprometidos com a conservação ambiental, onde apresentou seu “Projeto Gestão Integrada de Paisagens: geoinformação para tomada de decisão no território de atuação da Bracell”. Diante do interesse da companhia em ampliar suas ações de conservação e restauração de paisagens, divulgadas amplamente no último mês, com o lançamento das metas do Bracell 2030, a empresa buscou aliados e uniu esforços com a Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil).

A reunião foi liderada pela Bracell, em colaboração com a APA (Área de Proteção Ambiental) Estadual Rio Batalha e o Jardim Botânico de Bauru. Estavam presentes representantes do conselho da APA e também outros atores-chave da região, como a Unesp, Viva Batalha e Dexco.

“Trabalhar com grandes players como a Bracell é importante porque ela está estabelecendo seus compromissos com acordos globais. O compromisso vai além do código florestal e os benefícios são evidentes, tanto sobre os aspectos dos serviços ambientais, como também em termos de renda e de melhoria da qualidade de vida às comunidades [pessoas]”, destacou o diretor de gestão de conhecimento da Conservação Internacional, Bruno Henrique Coutinho.

O projeto se destaca por compilar e disponibilizar um conjunto de indicadores que visa influenciar a gestão da paisagem, permitindo análises em níveis municipal, de bacias e microbacias hidrográficas e áreas de preservação ambiental, com foco em três eixos principais: conservação, restauração e, uso e ocupação do solo.

“Os resultados desse projeto vão além de uma ampla base de dados. É uma plataforma compartilhada que visa auxiliar diretamente a gestão do território. O seu principal propósito é criar direcionamentos claros para otimizar os recursos disponíveis, permitindo-nos aprimorar e melhorar significativamente as condições ambientais de nossas paisagens”, destacou João Augusti, Gerente de Sustentabilidade da Bracell.

Após a apresentação do projeto, a reunião prosseguiu com a exposição do plano de manejo da APA Estadual Rio Batalha e do Plano Municipal da Mata Atlântica e Cerrado de Bauru.

Na segunda parte do encontro, os participantes visitaram duas fazendas dentro do limite da APA do Rio Batalha, destacando casos de sucesso de restauração florestal. Uma dessas áreas, com três anos de implantação pela equipe do Jardim Botânico, serviu como exemplo de empenho e cuidado na preservação ambiental, abrigando espécies raras e ameaçadas – parte das mudas utilizadas no projeto foram produzidas a partir da coleta de sementes de matrizes de um fragmento florestal conservado sob gestão da Bracell.

Nesse aspecto, o projeto apresentado pela Bracell e a Conservação Internacional pode desempenhar um papel crucial no apoio a iniciativas de restauração de áreas de preservação ambiental, trazendo ganhos imediatos para a biodiversidade e recursos hídricos. “A entrega desse projeto da Bracell é super importante, porque esses diagnósticos direcionam os planejamentos de recuperação de áreas de uma forma complementar concisa, muito mais assertiva”, avaliou o gestor do Jardim Botânico de Bauru, Luiz Carlos de Almeida Neto.

Para a gestora da APA Rio Batalha, a engenheira florestal Claudia Reis, o evento evidenciou a necessidade de ações ambientais. “É preciso intensificar a conservação e a adoção de boas práticas silviculturais, agrícolas e, principalmente, a restauração das matas ciliares da bacia hidrográfica. O início do diálogo, reunindo muitas instituições regionais, me deixou com a esperança de que teremos êxito neste trabalho coletivo”, ressaltou a gestora.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Scania lança gama Super para todas as operações off-road

Depois de algumas aplicações fora de estrada que chegaram em 2022, marca apresenta novos modelos, especialmente para a mineração, com até 8% de economia de combustível  

São Paulo, 5 de dezembro de 2023 – A Scania anuncia a terceira fase de lançamentos do portfólio de caminhões Euro 6, agora com a Nova linha Scania XT Super para todos os segmentos off-road. Com a novidade, a marca contempla, a partir deste mês, o novo trem de força Super para as outras aplicações que faltavam, principalmente para a mineração. Os produtos passam a receber a nova caixa de transmissão Heavy Planetary, ainda mais robusta para os modelos fora de estrada, freios CRB mais Scania Retarder de série, opções de eixos e bogies para atender a diversas especificações, além de aumento dos intervalos de manutenção, novas soluções de serviços com o Scania PRO e maior segurança na operação com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade da frota por meio de cercas virtuais. Com todas estas novidades, a linha Scania passa a oferecer ainda mais produtividade, robustez, segurança, economia de combustível em menores ciclos e reduzido custo por tonelada produzida.  

“A Scania tem uma tradição muito forte no segmento fora de estrada, com diversos pioneirismos ao longo dos anos, a exemplo os primeiros 8×4 (1999) e 10×4 (2007) do mercado, além de apresentar a primeira linha 100% off-road com a chegada da lei Euro 5, entre 2011 e 2012”, afirma Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil. “A nova caixa de câmbio chega para deixar o caminhão mais rápido e robusto. Sua sessão planetária reforçada (Heavy Planetary), de modelos G25CH e G33CH, tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Estamos lançando as linhas que vão proporcionar a maior produtividade do mercado com o menor custo por tonelada produzida.” 

Para garantir ainda mais segurança na operação, a Scania está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação de compressão, que chegou com a gama Super em 2022), e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – juntos de série. “Essa dupla vai impressionar os motoristas e os clientes. Somados, são 850 Kw de potência, ou 1.153 cavalos de potência, o que representa a maior capacidade de frenagem do mercado. Portanto, o caminhão ficará extremamente seguro”, explica Gallao. Completam o pacote de segurança airbag frontal e o lateral de cortina, pioneiro e exclusivo no mercado, para proteger o condutor em caso de tombamento, e bafômetro (o veículo só dará partida após o teste do motorista).  

Parte da linha Euro 6 foi apresentada em novembro de 2022, durante a Fenatran, e chegou efetivamente a partir de 1.º de janeiro de 2023, pois as fabricantes de veículos comerciais precisaram se adequar aos requisitos obrigatórios de metas de controle de emissões da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), ou equivalente à lei europeia Euro 6. Para cumprir o P8, a Scania definiu duas estratégias. Ter uma nova linha de motores P8/Euro 6 que atendem todos os segmentos de atuação com economia de diesel de 2% sobre a geração atual; e criar uma gama dentro da categoria dos pesados, a Super, para elevar ainda mais o patamar de resultados dos clientes que atuam nas faixas de potência mais vendidas do mercado. A gama Super reduz o consumo em até 8%.  

“O Scania Super tem uma plataforma verdadeiramente nova e ainda mais moderna, além de um exclusivo e novíssimo trem de força”, diz Gallao. “Não se tem registro no mercado, na faixa de potência de 420cv a 560cv, de uma solução de transporte que vem entregando tanta eficiência energética e um menor custo total de operação como o Scania Super.” 

Os modelos da nova linha off-road XT Super são oferecidos nas cabines P e G, em alguns casos a R, todos com o pacote XT de itens personalizados para as aplicações fora de estrada. Os motores possuem sistema de injeção XPI e as potências vão de 360 até o topo de linha, o V8 de 660cv, com a tração 10×4. As outras configurações de roda são 4×2, 6×4 e 8×4. Os torques vão de 1.700Nm até os impressionantes 3.300Nm do motor V8. A linha Euro 6 otimizada tem os seguintes modelos: P 360 (360 cavalos de potência e 1.700Nm de torque, no motor 9 litros, no propulsor de 13 litros caminhões G 450 (450cv e 2.350Nm) e G 500 (500cv e 2.550Nm), além do R 660 V8 de 16 litros. Já a plataforma Super contempla modelos de 13 litros com o 460 G (460cv de potência e 2.500Nm de torque) e 560 G (560cv e 2.800Nm de torque – o mais alto da categoria), com excelente desempenho já nas baixas rotações. As versões movidas a gás e biometano compõem potências de 280 cavalos e 410cv, e ao longo de 2024 chegarão as novidades de 420cv e 460cv.  

A identificação da marca Super na cabine está nas laterais das portas e na parte superior da grade dianteira, abaixo do nome Scania, em um destaque elegante com uma grafia moderna e imponente. O cliente ainda poderá adicionar um adesivo, opcional, no topo da cabine entre os faróis superiores.   

Trem de força Super: alta eficiência em motor, caixa e diferencial 100% novos

O propulsor Super traz muitas novidades. Dentre elas, o aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, duplo comando de válvulas no cabeçote​, fricção reduzida dos componentes internos e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor. ​”O motor Super oferece desempenho superior em relação aos atuais da marca, principalmente, devido ao comando duplo no cabeçote e ao Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de AdBlue (Arla 32), que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento. “Todas estas mudanças foram preponderantes para atingir a economia de até 8% sobre a geração anterior”, revela Rodrigo Arita, gerente de Engenharia de Pré-Vendas da Scania Operações Comerciais Brasil. 

Outro grande benefício do Scania Super está na introdução de série da nova unidade de otimização do tanque de combustível. O recurso, exclusivo da Scania para estes modelos, foi chamado de FOU (Fuel Optimization Unit) e funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível. “Passamos de 87% para 97% de diesel utilizável em nossos tanques, o que significa um ganho de carga útil transportada ou o alcance estendido a depender do que for priorizado em sua aplicação”, completa Arita. No Super, o sistema de tratamento de gases (silencioso) Euro 6 SCR (Selective Catalytic Reduction ou Redução Catalítica Seletiva) passa a utilizar uma dupla dosagem do reagente ARLA 32 (um logo no coletor de escape e o outro no silencioso) e do filtro de particulado do diesel (DPF) para atender a lei Proconve P8.  

Principal lançamento: Heavy Tipper Super para a mineração

A maior novidade da linha é o modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super, apresentado como a melhor solução para a mineração, que traz ainda mais produtividade com menor tempo de ciclo, menor custo por tonelada produzida, maior economia total operacional e maior capacidade técnica da categoria com peso bruto total (PBT) de 60 toneladas. Está equipado com a nova caixa Scania Opticruise Heavy Planetary G33CH, de 14 velocidades sendo uma Super reduzida Crawler –  que diminui o uso frequente dos freios – e Overdrive. Sua capacidade máxima de tração (CMT) chega a 210 toneladas. “Ele, sem dúvida, será nosso campeão de vendas no segmento”, aposta Gallao. “No uso dele na operação serão aliados fundamentais os freios CRB e Scania Retarder juntos de série. Nos testes pré-lançamento, surpreendemos os clientes com o tamanho da segurança a bordo nas mais severas condições na mineração. Estamos orgulhosos de todas as melhorias que estamos trazendo neste novo Heavy Tipper.” 

Modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super.
Interior da cabine do modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super.

Outro modelo importante da Scania para a mineração é o R 660 V8 10X4 XT. Não é um modelo Super e oferece a melhor alternativa aos veículos da linha amarela. Ele tem parachoque inteiriço de 150 mm em aço e robusta caixa de câmbio GRSO935R de capacidade elevada de torque. Além disso, tem eixos direcionais de capacidade técnica de 11t, terceiro eixo direcional com peças modulares, auxiliar de partida em rampa e acessórios que garantem a maior segurança na operação. Sua economia de até 2% no consumo de combustível em comparação à geração anterior o credenciam a obter máxima produtividade e melhor performance com o aumento de velocidade média. Ele dispõe do maior peso bruto total (PBT) da categoria de 71t e de eixos traseiros desenvolvidos para a mineração, o RBP900, que oferece 210t de capacidade máxima de tração (CMT). 

Outros modelos de destaque para 2024

Para o setor canavieiro o campeão de vendas deverá continuar o 560 G 6×4 XT Super, no florestal o topo do ranking Scania será do 560 G 6×4 XT Super e o 460 G 6×4 XT Super vai puxar a comercialização para as aplicações de construção.  

Super canavieiro.
Super Florestal.

O modelo G 560 6X4 XT, de 560 cavalos, substituiu o 540cv da geração Euro 5. Tem motor 13 litros equipado com sistema de injeção XPI e caixa de câmbio G33CH. Trata-se do caminhão de maior capacidade de arranque em aclives e menor rotação em velocidade de cruzeiro. A CMT chega a 150 toneladas. Na cana, ele já atende o peso bruto total combinado (PBTC) para as novas operações de 91 toneladas, nos circuitos rodoviário e fora de estrada. Outro diferencial neste segmento é propiciar a maior eficiência energética na carga líquida transportada por consumo da categoria. 

P 360 6×4 – Grande aposta da marca na versatilidade fora de estrada

Um modelo da linha otimizada que chegou com grande expectativa pela marca é o P 360 6×4, um pesado de entrada com 360cv de potência e 1.700Nm de torque. Trata-se de um verdadeiro multifunção nas operações de apoio para todos os quatro segmentos off-road: mineração, canavieiro, madeireiro/florestal e construção. “Este modelo com chassi rígido para suporte está bem ajustado para as aplicações off-road, com ótima capacidade de carga e muita robustez. Ele está configurado com eixo para aguentar uma capacidade máxima de tração de 150 toneladas. Ele é muito versátil.” 

Scania Super – Um pouco de história

A matriz da Scania na Suécia escolheu batizar a nova gama global de trem de força numa homenagem ao Brasil. Exatamente, o Scania Super nasceu aqui em 1970.  

Numa manhã de sábado, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), um caminhão Scania, naquele momento o mais potente do Brasil, estava sendo fotografado pelo Departamento de Propaganda. Em meio ao trabalho, apareceu um curioso e, humildemente, lançou a pergunta: “É turbinado?”. Nascia, após dois anos de testes, o caminhão “jacaré” Scania Super L76, com 42% mais torque e 41% mais potência que os modelos anteriores. Não demorou para surgir a peça publicitária: “O caminhão mais potente do Brasil não é mais o Scania. É o Scania Super”.

Com ele, a Scania aumentou a produção e as vendas das unidades de motor superalimentado. Ele era equipado com motor DS 11 R 01A de 275cv e torque de 108Nm. Em 1971, o L76 foi substituído pelo L110. Em 1972, o Brasil pronuncia duas palavras de ordem: “integração” e “exportação”. Não muito longe da fábrica da Scania, uma rodovia começa a ganhar formas, a dos Imigrantes, “um novo caminho para o mar”. O principal produto da Scania, o Scania Super, passa a ser chamado de “o Caminhão da Integração Nacional”. O novo Scania Super foi produzido nas versões L, LS e LT e distância entre eixos de 4m20. A nova distância entre eixos permitiu o desenvolvimento de uma cabine com leito, um lançamento que era esperado há tempos pelos motoristas de Scania. Ficou no mercado até 1976 quando chegou o L 111, o último “jacaré” produzido. 

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O segredo da produtividade

A associada Eucatex alcança impressionante IMA de até 55 m3/ha/ano

De acordo com o Sumário Público 2023 do Plano de Manejo Florestal do Grupo Eucatex, a área total de atuação da companhia é de mais 41,9 mil hectares. Em 2022, a superfície destinada exclusivamente ao plantio de eucaliptos para fins industriais foi de 34,7 mil hectares, localizados nas regiões de Salto e Botucatu, interior de São Paulo. Com isto, a empresa foi capaz de produzir pouco mais de 1,8 milhão de metros cúbicos de madeira para suas unidades fabris.

Historicamente, a Eucatex tem alcançado excelentes índices de crescimento com suas florestas. No ano passado (2022), o Incremento Médio Anual (IMA) das florestas do grupo foi de 46,1 metros cúbicos por hectares ao ano. Em 2020, foi alcançado o registro histórico de 50,9 m3/ha/ano. Agora, em 2023, mesmo com diversas adversidades como pragas e intempéries, o grupo está comemorando novos recordes, como explica o engenheiro florestal Hernon Ferreira, diretor florestal da Eucatex. “Conseguimos desenvolver bons clones que, aliados ao manejo adequado, fizeram com que a empresa alcançasse um Incremento Médio Anual de 50 e até 55 metros cúbicos/hectare/ano, o que é considerado pelo mercado brasileiro uma das maiores produtividades florestais do país.”

Com mais de 20 anos de gestão na unidade florestal da Eucatex, Hernon defende que certos resultados só são alcançados com uma consonância de fatores. “Alcançamos grandes êxitos, com uma equipe muito preparada e engajada. Alguns profissionais já estão há mais de 20 anos neste time. E isto tem nos ajudado a conseguir uma formação de florestas de alta produtividade. Temos algumas parcerias importantes também, com universidades e consultores”, conta ele.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Eucatex, Marcos Sandro Felipe, segue na mesma linha. Segundo ele, uma alta produtividade florestal depende de investimentos e ações pontuais. “É preciso fazer o básico bem-feito, o que a técnica preconiza e o que a planta realmente precisa. Mas, principalmente, é preciso ter uma equipe dedicada e envolvida. Uma equipe comprometida com o objetivo”, explica ele, deixando claro que o processo todo depende de que cada profissional envolvido faça o melhor. “Precisamos de ambiente, de solo, chuva, material genético, fertilização. Mas, acima de tudo, é necessário ter uma equipe engajada, bastante focada, que entenda do que a planta precisa, das melhores condições para este desenvolvimento.”

Marcos lembra que os plantios florestais são geralmente feitos em sítios marginais e que a fertilização do solo influenciará no desenvolvimento, mas também nas despesas. “Mas, de nada adianta ter o dinheiro se as ações não forem feitas na hora certa, no momento propício e da forma correta. Não adianta ter o melhor clone se ele não está plantado em um ambiente adequado. O grande desafio é conciliar as técnicas conhecidas e compartilhar este conhecimento com toda a equipe. Por isso, é fundamental que o time esteja sincronizado e que todos tenham sensibilidade para cada situação.”

Como toda cultura, o segmento de florestas plantadas segue um planejamento. Os ciclos se repetem, o que faz com que os processos sejam repetidos e contemplados ao longo dos projetos das diferentes áreas envolvidas no desenvolvimento florestal. O avanço de novas tecnologias contribuiu significativamente para ganhos em produtividade. Mas o material humano ainda é um importante diferencial. Conforme explica o gerente da Eucatex: “não é apenas uma questão de tabelas. O clima é variável. As ervas daninhas ocorrem de forma diferente ao longo do ano. A planta cresce de forma diferente. Os plantios de verão têm uma linha de crescimento inicial, os de inverno têm outra. É preciso prestar atenção em tudo. Entender a interação do ambiente com a planta e alocar os recursos da melhor forma. Sem conhecimento técnico e sem uma equipe comprometida, não é possível saber onde e como aplicar os recursos de forma assertiva. E aí os resultados não aparecem”.

Produtividade ainda maior

Aumentar a produtividade é meta de toda empresa. Mas, como explica Marcos Felipe, a produtividade depende de vários fatores. “Acreditamos que ainda há espaço dentro do melhoramento genético, com o uso de novas tecnologias e até o resgate de novas procedências de diferentes regiões australianas.”
O profissional avalia que, além das oportunidades com o melhoramento genético, o estudo da microbiologia do solo será um fator importante. “Dentro da silvicultura, acredito muito na microbiologia e nesta interação: microbiologia, solo e planta. Conhecemos muito bem a planta do solo à copa, mas abaixo do solo ainda temos muito a aprender. Existe uma interação absurda da raiz com o solo. As novas tecnologias estão nos permitindo entender melhor esta interação com o ambiente”, conta ele.
Outro ponto citado, são os avanços em conhecimento da fisiologia vegetal. “Temos muito a evoluir com o conhecimento da parte hormonal das plantas. Tanto na agricultura, quanto na silvicultura, os processos fisiológicos podem contribuir com a produtividade.”

Outro desafio, talvez o principal segundo ele, está ligado ao clima e à variação climática. Marcos Felipe defende que a água é o elemento mais importante para a produtividade. “Quanto a isto, não há dúvidas. Estamos passando por um momento de grande variabilidade climática. Não temos mais as consistências do passado. Por exemplo, foram praticamente quatro anos de La Niña. Não havia registro histórico de uma ocorrência deste tipo. Geadas na nossa região, tão rigorosas que não eram registradas há mais de 60 ou 80 anos. Períodos de veranico com temperaturas acima de 44 graus. Estas ocorrências vêm sendo cada vez mais frequentes.”

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Eucatex lembra que este ano as tempestades de vento foram as grandes responsáveis por impedir uma produtividade ainda maior. “Tudo isso vem acontecendo, cada vez com mais força e abrangendo áreas cada vez maiores. Precisamos estar atentos, porque não existe aumento de produtividade sem entender o que o clima está nos dizendo. Este é o grande desafio: manter a alta produtividade e buscar índices ainda melhores.” O coordenador acredita que ter florestas resilientes é mais um fator decisivo para produtividade. Para ele, árvores que suportem altas variações climáticas, com mudanças bruscas de temperatura, altos e baixos índices pluviométricos e fortes ventos, serão o reflexo da produtividade em um futuro breve.

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Suzano investirá R$ 14,6 bilhões em 2024, ano de seu centenário

Projeto Cerrado será concluído em meados de 2024 e demandará R$ 4,6 bilhões no ano

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, prevê investir R$ 14,6 bilhões em 2024. No ano em que completa 100 anos, a companhia concluirá também a construção de uma nova fábrica de celulose, no município de Ribas do Rio Pardo (MS). Com conclusão prevista para meados de 2024, o Projeto Cerrado receberá R$ 4,6 bilhões em investimentos no próximo ano.

No total, o projeto com capacidade instalada de 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose está estimado em R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 500 milhões a serem desembolsados apenas em 2025. Um dos maiores investimentos privados em curso no Brasil, esta será a maior linha única de produção de celulose do mundo.

Além dos recursos destinados à construção da nova fábrica, a estimativa de investimento de capital (Capex) divulgada hoje pela Suzano prevê também R$ 7,7 bilhões em atividades de manutenção, montante influenciado pela entrada em operação do Projeto Cerrado. Estão previstos ainda maiores gastos florestais associados a arrendamentos, manutenção de estradas e silvicultura, estes relacionados ao aumento de área plantada da companhia.

Outros R$ 1,4 bilhão serão destinados à rubrica Terras e Florestas, incluindo novos investimentos oportunos que visam dar continuidade à estratégia de aumento da base florestal da empresa.

Por fim, a Suzano prevê investir R$ 900 milhões em Expansão, Modernização e Outros. Estão inseridos nesse total desembolsos na construção de uma fábrica de papel Tissue e na substituição de uma caldeira de biomassa, ambos investimentos a serem realizados em Aracruz (ES), e na ampliação da oferta de celulose Fluff, na Unidade Limeira (SP). Esses três projetos foram anunciados em outubro de 2023.

Entre 2019 – quando foi concluída a fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, dando origem à Suzano S.A. – e 2022, a companhia já investiu R$ 32,7 bilhões. Esse montante salta para R$ 65,8 bilhões quando somados os investimentos previstos para 2023 e a nova projeção para 2024.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.    

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Bracell sedia 5ª edição do GT Colheita e Logística Florestal

Encontro reúne empresas líderes do setor florestal para debater temas técnicos das operações de colheita e logística florestal

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, sediou, pela primeira vez, o GT Colheita e Logística Florestal, reunião técnica do setor florestal criado pela SIF – Sociedade de Investigações Florestais ligada a Universidade Federal de Viçosa. O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro, em Lençóis Paulista, e contou com a participação de representantes de mais de 35 empresas líderes do setor, instituições de ensino e tecnologia.

Entre os temas abordados na iniciativa, destaca-se a necessidade de ampliar a formação e aperfeiçoamento de mão de obra, além do uso de indicadores de desempenho e gestão da colheita e logística florestal. Além das apresentações e rodadas de discussão do primeiro dia, os presentes participaram pela primeira vez de uma dinâmica de  palestras técnicas onde foi possível debater sete diferentes temas. Logo após, foi realizada uma visita à campo, com apresentação das operações e inovações da companhia.

“É um momento muito importante de troca de experiências, iniciativas e ampliação de conhecimento entre empresas do setor e instituições e, para a Bracell, também uma excelente oportunidade de apresentar a empresa, nosso trabalho e os diferenciais da nossa operação”, afirmou Thiago Petine, Coordenador Geral do GT e Gerente de desenvolvimento, projetos e treinamento da Bracell.

Para o Prof. Dr. Luciano Jose Minette, da Universidade Federal de Viçosa, a iniciativa é importante para compartilhar as melhores práticas de inovação e tecnologia. “Acredito que, a cada reunião técnica, colhemos os melhores frutos dessa parceria com as maiores empresas do setor. Durante as reuniões, buscamos pensar juntos soluções para as questões do setor”, disse.

Já o coordenador de relacionamento com a indústria Senai Lençóis Paulista, Jonas Donzella Junior, reforçou a importância da discussão sobre o aprimoramento da segurança de trabalho.  “É muito bom ver uma pauta sobre pessoas em um evento como essa dimensão. Saímos com bastante reflexões, a partir do conhecimento de empresas que estão desenvolvendo indicadores importantes para garantir a segurança dos operadores. Sem dúvida, essa troca de informações ajuda a pensar novas soluções e oportunidades.”

Com a presença de mais de 35 empresas líderes do setor, instituições de ensino e tecnologia, a edição desse ano teve público recorde de mais de 180 participantes.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Em evento, Arauco mostra gigantismo de investimento em MS

“Projeto Sucuriú”, que detalha toda a estratégia no Estado, foi explicado em almoço com a imprensa local

Durante evento nesta quinta-feira (30), em Campo Grande, a Arauco, empresa chilena que tem planos de inaugurar a maior fábrica de celulose do mundo em Mato Grosso do Sul, apresentou seu balanço anual de ações e perspectivas para 2024. De acordo com balancete, o ano se encerra com avanços importantes e ótimas perspectivas relacionadas ao Projeto Sucuriú, que se trata da primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil, que será inaugurada em Inocência, cidade distante 330 quilômetros da Capital. 

Durante encontro, que reuniu diretores da empresa e jornalistas, Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, disse que foram feitas muitas consultorias antes de decidir Mato Grosso do Sul para ser a “casa” da fábrica. “Foram muitos fatores, como a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo […], encontramos em MS a melhor alternativa, tanto para a primeira linha [retorno imediato] como a longo prazo”, esclareceu à imprensa. 

O executivo ainda declarou que que a produção de celulose no Brasil é mais vantajosa que no Chile, pelas próprias condições climáticas e geográficas. Além disso, o CEO expôs que a fábrica deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose. Ele ainda explicou que por ser uma empresa chilena [estrangeira], a área não pode ser adquirida de forma legal, por isso terá que contar com áreas alugadas ou mediante usufruto.

Também presente na reunião, o gerente de Relações Institucionais e ESG, Theófilo Militão, contou que a instituição já esteve presente no município para realizar capacitações educacionais e profissionalizantes, eventos, oficinas de educação ambiental e formação de professores ao longo do ano a fim de desenvolver a comunidade local. 

Também, desde a assinatura do Termo de Acordo em 2022, diretores e equipe técnica da empresa têm se reunido com autoridades de Inocência e do governo do Estado, além de entidades como o Sistema S, formado por Sebrae, Sesi, Senac, Senai e Senar, FIEMS, e lideranças da região para planejamentos envolvendo a logística e infraestrutura do município.

Com planos de início das obras em 2025 e operação em 2028, a obra tem um investimento previsto de US$ 3 bilhões, com a previsão de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano. A expectativa é alcançar até o final do ano de 2024 a meta de ter disponível 80% dos cerca de 400 mil hectares.

Este ano também foi marcado para a empresa por estudos, planejamento e desenvolvimento sustentável das reservas florestais, que servirão de contribuição concreta para a construção de uma economia baseada no consumo de bens e serviços derivados do uso direto e transformação sustentável dos recursos naturais.

Sendo a primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como carbono neutro, as fazendas da Arauco em Mato Grosso do Sul também contam com certificação FSC® (Forest Stewardship Council®), que reconhece o manejo florestal ambientalmente adequado.

Informações: JD1 Notícias.

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Arauco espera ter 80% das áreas para florestas já em 2024

A empresa deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose

A empresa chilena Arauco espera alcançar até o final do ano que vem a meta de ter disponível 80% dos cerca de 400 mil hectares que precisará para o plantio de florestas para a plena operação da fábrica de celulose que vai construir em Inocência, região nordeste de Mato Grosso do Sul. O CEO da empresa, Carlos Altimiras, veio a Campo Grande e deu detalhes do projeto, que tem investimentos estimados em R$ 28,5 bilhões, um dos maiores do País.

Conforme Altimiras, a empresa terá que contar com áreas arrendadas ou mediante usufruto, uma vez que é estrangeira e, nessa condição, há impedimento legal para aquisição de propriedades. O executivo informou que já estão assegurados 280 mil hectares e a previsão é chegar a 320 mil durante 2024.

A empresa já vem cultivando florestas de eucalipto em Mato Grosso do Sul, com cerca de 80 mil hectares plantados esse ano e expectativa de expandir mais 60 mil em 2024. Até para poder contar com a matéria prima para produzir a celulose é que o planejamento da Arauco é ativar a unidade em 2028. A empresa ainda está na fase de licenciamento, com expectativa de iniciar as obras da fábrica em 2025, em uma área a 35 quilômetros da cidade.

O empreendimento deverá ter cerca de 10 mil pessoas envolvidas com a obra em seu auge, segundo constou no Rima (Relatório de Impacto Ambiental). Para a produção, devem ser cerca de 1.070 pessoas. Na fábrica, serão produzidas 5 toneladas de celulose, com previsão de emprego de 10,5 toneladas de eucalipto para cada linha de produção.

Altimiras explicou que a produção de celulose no Brasil é mais vantajosa que no Chile, pelas próprias condições climáticas e geográficas (uma floresta fica pronta em metade do tempo que naquele País), além da estrutura de engenharia ser mais simples, diante do risco de terremotos no Chile e o custo dos riscos nas obras. Segundo ele, entre os fatores que levaram Mato Grosso do Sul a ser escolhido como a melhor opção para o empreendimento estão a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo.

Ele explicou que a empresa faz suas previsões com um olhar de longo prazo, especialmente porque o eucalipto demora em média sete anos para poder ser cortado. Altimiras destacou a sustentabilidade da produção de celulose, que pode ser utilizada para produção de papel, embalagens e tecido, por exemplo, comparando-a aos concorrentes, o plástico e poliéster, produtos derivados de material fóssil. Ele mencionou que a empresa procura empregar as melhores tecnologias para poluir menos. Em Inocência, a fábrica ficará perto do Rio Sucuriú, inclusive é o nome do empreendimento, de onde será retirada a água e depois liberados os rejeitos, após processo de tratamento.

A fábrica ficará perto do Rio Sucuriú, que dá nome ao empreendimento (Foto: Reprodução Rima).

O executivo e o gerente de Relações Institucionais e ESG, Theófilo Militão, destacaram, na apresentação feita a jornalistas, a política da empresa de se envolver com a comunidade local, promovendo escutas, aproveitando a mão-de-obra  e empresas locais e a manutenção de uma agenda institucional com as autoridades. Eles informaram que a empresa contratou recentemente uma consultoria para que avalie as transformações que o empreendimento produzirá não apenas em Inocência, que tem pouco mais de 8 mil habitantes e pode saltar da 48º posição para ficar entre as dez maiores economias do Estado, mas na região.

Informações: Campo Grandes News.

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