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Demanda aquecida e boa produtividade do eucalipto incorrem em resultados positivos para atividade

O setor de florestas plantadas avança cada vez mais dados investimentos, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, aliado à sustentabilidade ambiental. Segundo o último levantamento, realizado recentemente, da Canopy Remote Sensing Solutions, o Brasil conta com 10,3 milhões de hectares de florestas cultivadas, sendo que desse total, 76,1% são ocupados por eucalipto, seguindo de pinus (18,7%) e demais espécies (5,2%).

A demanda – tanto no Brasil, quanto no resto do mundo – crescente por madeira, celulose e carvão vegetal, principais produtos obtidos a partir do eucalipto, abre grandes janelas de oportunidade para o plantio da espécie. Novas plantas industriais estão sendo construídas, principalmente no Centro-Sul do país, com investimentos da ordem de bilhões de reais.

O projeto Campo Futuro, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), levantou os custos de produção de eucalipto em cinco praças em 2024: Amambai/MS, Campo Grande/MS, Eunápolis/BA, Teixeira de Freitas/BA e Botucatu/SP. Um aspecto observado em boa parte das regiões é o avanço do arrendamento de áreas até então cultivadas por pequenos e médios produtores, pelas empresas florestais atuantes em cada região.

A produção de eucalipto pode ser desmembrada em três etapas principais: formação da floresta, manutenção e colheita. Em todos esses casos, a comercialização é feita na modalidade “madeira em pé”, sendo, portanto, a colheita realizada pela empresa compradora. Um dos fatores de maior preponderância para o sucesso da lavoura é sua produtividade, sendo influenciada por diversos elementos como a própria genética do material cultivado, condições de solo, clima e manejo silvicultural. Para eucalipto, ela é medida pelo Incremento Médio Anual (IMA). O Gráfico 1 traz esse comparativo entre as praças levantadas.

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Gráfico 1. Comparativo dos custos de implantação de eucalipto, gastos com manutenção ao longo do ciclo produtivo e incremento médio anual (IMA) levantados em 2024.
Fonte: Projeto Campo Futuro (CNA/Senar)

Com base no gráfico observamos produtividades médias próximas considerando os modais analisados, com exceção de Botucatu/SP, onde o IMA é de 45 m3/ha/ano, apesar de os dispêndios de formação da floresta e manutenção, principalmente, estarem muito abaixo em relação à maioria das outras regiões. Isso se explica justamente pela maior diluição desses custos no volume total de floresta produzida por unidade de área.

Outro ponto a ser observado é que, em casos como Amambai/MS e Teixeira de Freitas/BA, um menor custo de implantação pode resultar em maior desembolso na fase de manutenção, sem ainda refletir em ganhos de produtividade em patamares mais altos, como os das regiões de Eunápolis/BA e Botucatu/SP.

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Gráfico 2. Comparativo dos Custos Operacionais Efetivos (COE), Custos Operacionais Totais (COT), Custos Totais (CT) e receita bruta obtidos nos levantados em 2024.
Fonte: Projeto Campo Futuro (CNA/Senar)

No Gráfico 2 temos os valores referentes ao Custo Operacional Efetivo (COE), Custo Operacional Total (COT) e Custo Total (CT). O COE corresponde a todos os componentes de custos gerados pela relação entre os coeficientes técnicos (quantidade utilizada) e os seus preços, que são somados aos gastos administrativos e os custos financeiros do capital de giro. Para a cultura do eucalipto, as atividades irão compor o COE a partir da manutenção da floresta. O COT soma ao COE, as depreciações e pró-labore, incluindo o custo de implantação. Já o CT, é resultante da soma entre COT e o custo de oportunidade da terra e bens de capital.

Observamos que os preços pagos aos produtores em todas as regiões levantadas são suficientes para arcar com os desembolsos diretos (COE), bem como os custos implícitos (COT), indicando uma situação econômica favorável da atividade em relação a outros investimentos alternativos. Assim, temos margens líquidas positivas em todas as praças. Já ao se considerar o custo de oportunidade da terra – calculado de acordo com o valor de arrendamento praticada em cada região, e dos bens de capital, para Eunápolis/BA e Teixeira de Freitas/BA, a receita não é suficiente para manter a atratividade econômica no longo prazo.

Apesar de ter a produtividade média mais baixa dentre as praças levantadas, Campo Grande/MS é a que mais se destaca no aspecto econômico, gerando margem líquida positiva ao produtor de R$ 50,33/m3, valor 88% acima da média das cinco regiões. Isso se dá em boa parte pelo menor dispêndio relacionado à manutenção da floresta (78% abaixo da média geral), bem como a melhor remuneração da madeira, diante da demanda aquecida em seu entorno.

Após Campo Grande/MS, temos os resultados mais positivos em Amambai/MS, que foi favorecida por um menor custo relacionado ao pró-labore e bom preço pago no metro cúbico da madeira. Em seguida, Botucatu/SP, cuja produtividade foi essencial para o bom resultado, conforme comentado anteriormente, apesar de possuir o maior valor de remuneração da terra – 64% acima da média das demais regiões.

Em Eunápolis/BA e Teixeira de Freitas/BA, os COE’s foram bastante comprometidos por custos administrativos, relacionados principalmente à mão de obra contratada e despesas fixas das propriedades. Novos investimentos na etapa de manutenção visando maiores produtividades, e busca por melhorias nas negociações com empresas florestais, podem gerar melhores resultados econômicos a médio e longo prazos nos municípios baianos.

Sabe-se que a eucaliptocultura é uma atividade altamente influenciada por fatores externos à produção propriamente dita, e que depende primordialmente de demanda aquecida. A demanda definirá os preços pagos ao produtor, e consequentemente, com base na rentabilidade do produtor, o nível de investimento em insumos e manejo de qualidade. Por ser uma cultura de ciclo longo, o planejamento e a gestão financeira da propriedade são fundamentais na busca por rentabilidade e mitigação de efeitos sazonais, como elevação de custos (principalmente de fertilizantes e defensivos agrícolas), e o próprio arrefecimento da cadeia produtiva de tempos em tempos, comum à atividade.

Informações: CNA SENAR.

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Atualização da atividade de silvicultura em relação ao potencial de poluição é aprovada no plenário da Câmara dos Deputados

Na tarde de ontem, 8 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 1366 que retira a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras e consumidoras de recursos naturais. Agora, o PL segue para sanção do Presidente da República

Com a atual classificação, estipulada na Lei nº 6.938, do ano de 1981, a atividade de plantar e manejar economicamente florestas é considerada de médio potencial poluidor. Desta forma, os processos de licenciamento e autorizações ambientais seguem ritos incompatíveis com a realidade da atividade praticada hoje no Brasil.

Ao promover a necessária atualização da classificação normativa, o manejo de árvores passa a ser considerado uma atividade que não apresenta potencial significativo de impacto e degradação ambiental.

O PL 1366 é de autoria do Senador Álvaro Dias e, desde 2014, tramita no Congresso brasileiro.O relator do projeto na Câmara, Deputado Federal Covatti Filho, defende que o PL corrige um equívoco histórico de manter a atividade da silvicultura no rol de potenciais poluidores. Segundo ele, “a silvicultura é uma atividade agrícola sustentável e contribui para a proteção da biodiversidade, a conservação do solo e das nascentes de rios, a recuperação de áreas degradadas e a redução das emissões de gases de efeito estufa”.

Após a sanção presidencial e publicação do PL, o Brasil crescerá em competitividade justa com as melhores e modernas normas com os principais países produtores de madeira de reflorestamento, que baseados em evidências científicas já promovem, há tempo, a silvicultura como uma atividade que impulsiona benefícios ambientais e sociais nas regiões onde é cultivada.

Associação Mineira da Indústria Florestal comenta aprovação

Minas Gerais é o estado que possui a maior floresta plantada do Brasil. No total, o estado abriga mais de 2,3 milhões de hectares de produção em consórcio com mais 1,3 milhão de hectare de matas nativas, áreas conservadas e cuidadas pela agroindústria mineira.

Os 3,6 milhões de hectares de árvores estão em mais de 803 municípios mineiros. Em cerca de 55% dos casos os cultivos estão sob responsabilidade de pequenos e médios produtores rurais que exercem a vocação e aquecem a economia local, com geração de renda, trabalho e dignidade.

Para a Presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, a aprovação do PL 1366 é um passo sólido para a retomada dos plantios de florestas em Minas Gerais. A Presidente destaca que a silvicultura é uma atividade nobre que possui ampla capacidade de ser monitorada pelo Estado. Também, enfatiza que eventuais impactos ambientais são mapeados e conhecidos pela ciência, atestados pela qualidade ambiental e pelos serviços de recuperação e promoção de áreas de baixa produtividade exercidos pelo setor há mais de 60 anos.

Adriana Maugeri vai além e explicita que, quando a atividade florestal é realizada conforme as melhores práticas de manejo, são nítidos os múltiplos benefícios proporcionados em escala, tais como: conservação e regeneração de solo, conexão de áreas para fluxo da biodiversidade, conservação e recuperação de cursos de água, por exemplo.

“Com a simplificação da importante etapa do licenciamento, certamente o setor vai voltar a crescer e, de fato e em singular volume, atuar frontalmente contra o desmatamento ilegal e em prol da remoção de carbono e sua fixação no solo, mitigando os indesejados efeitos que já vivenciamos das alterações climáticas”, afirma.

Segundo o Presidente do Conselho Deliberativo da AMIF, Edimar Cardoso, o setor florestal trabalha para recuperar áreas de baixa produtividade no Brasil há várias décadas. Com sua capacidade de produzir, plantar e conservar sempre em grandes escalas, a agroindústria florestal é o motor da economia verde de Minas Gerais e do Brasil. Para ele, a atualização normativa faz justiça e abre caminhos para o cumprimento de importantes metas de descarbonização da economia assumidas pelos governos estaduais e federal.

“A agroindústria florestal é o motor que impulsiona a economia verde e a descarbonização no Brasil. A obsoleta classificação de potencial poluidora atribuída à prática de plantio de florestas precisava, de fato, ser revista, adequada e atualizada. O setor atualmente conserva quase sete milhões de hectares de mata nativa e produz mais de nove milhões de hectares de floresta plantada, tudo isso para prover toda madeira legal que precisamos”, enfatiza Edimar Cardoso.

Ainda de acordo com Adriana Maugeri, que também é presidente da Câmara Técnica de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura (Mapa), sem a aprovação do PL o setor florestal brasileiro não conseguiria expandir a produção de forma a  atender a meta do Governo Federal de mais quatro milhões de hectares de florestas cultivadas em todos país até 2030, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no lançamento do Plano Nacional de Florestas Plantadas realizado em março deste ano.

“A aprovação do PL tem sido pauta prioritária da atuação da AMIF, das associações estaduais, da IBÁ, de Federações do agro e da indústria de todo o país para a viabilização do pleito. Só é contra este PL quem ainda está ancorado no passado, é alimentado por falsas informações e narrativas que não são comprovadas pela ciência, ou que ainda tem como exemplo práticas não indicadas da atividade florestal que degradam o ambiente, assim como qualquer atividade quando não é conduzida corretamente”, finaliza Adriana Maugeri.

O setor de florestas plantadas no Brasil

De acordo com dados do mais recente relatório publicado pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor de florestas plantadas no Brasil não para de crescer.

No total, o setor cultiva uma área de 9,94 milhões de hectares espalhados pelo território nacional. Além das áreas produtivas, o setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do estado do Rio de Janeiro.

Em 2022, a agroindústria florestal brasileira gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira. Além disso, conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. “É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras”, afirma o Presidente Executivo da IBÁ, Paulo Hartung.

Assim como ocorre na agricultura de alto desempenho tecnológico, na última década observa-se o desenvolvimento da silvicultura de precisão. A agroindústria florestal brasileira está pronta para entregar um futuro mais sustentável e saudável com seus mais de cinco mil bioprodutos.

Informações: Amif.

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Exclusiva – Confira a programação do V Congresso Brasileiro de Eucalipto que acontece em maio, em Vitória (ES)

Ainda dá tempo! Inscrições para um dos maiores fóruns florestais do país podem ser feitas através do site www.congressoeucalipto.com.br

Um dos mais importantes fóruns Brasileiros de intercâmbio e atualização sobre o setor florestal está de volta. O Congresso Brasileiro de Eucalipto será realizado nos dias 08 e 09 de maio, no Auditório do Centro de Treinamento Dom João Batista, na Praia do Canto, em Vitória (ES), e neste ano, em sua 5ª edição, traz como tema central: “Uso Múltiplo Sustentável”, a fim de promover uma maior reflexão e compromisso do setor com práticas que respeitam o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e social.

O evento, que teve sua última edição em 2019, é uma realização do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro), e conta com a participação esperada de diversos segmentos, como celulose e papel, indústria moveleira e madeireira, carvão vegetal, energia, e atividades afins. O Congresso garante oportunidades únicas de aprendizado, networking e troca de experiências.

Temas & Programação

Com uma programação atual e diversificada, e contando com a participação dos principais profissionais do país no segmento, serão abordados os seguintes temas no Congresso:

  • Cenários e tendências do setor de florestas plantadas no Brasil;
  • Mercado consumidor da madeira de eucalipto – Desafios e Soluções;
  • Mercado de créditos de carbono com reflorestamento;
  • Inovação tecnológica, sustentabilidade no setor florestal;
  • Uso de eucalipto em consórcio com nativas para restauração florestal em áreas de reserva legal;
  • Situação atual e perspectivas da aplicação do Código Florestal Brasileiro;
  • Uso múltiplo de eucaliptos em pequenas propriedades;
  • Uso do eucalipto em Sistemas agroflorestais de alta performance;
  • A dimensão/impacto de projetos florestais nas comunidades e na cadeia de valor;
  • Mecanização florestal em áreas acidentadas.

Estado berço

Escolhido para receber a quinta edição do Congresso, o estado do Espírito Santo possui a 9ª maior área plantada de eucalipto do Brasil com aproximadamente 258 mil ha e a primeira em termos percentuais com 5,6% do território estadual. 

O setor

O setor florestal baseado em florestas plantadas tem ganhado notoriedade nos últimos anos pela sua importância e contribuição ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil, e tem se tornado um dos principais motores da economia local. O país possui grande potencial para o reflorestamento e manejo florestal sustentável, o que pode contribuir para a conservação da biodiversidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com dados do Relatório Anual Ibá 2023, o Brasil possui 9,94 milhões de hectares plantados de eucalipto, pinus e demais espécies para a produção de celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados, produção energética, biomassa, construção civil rural e urbana, acomodação de cargas, entre outros usos. As árvores plantadas são responsáveis por 90% de toda a madeira produzida para fins industriais no País – o restante vem de florestas naturais legalmente manejadas.

O documento que reúne as principais informações do setor florestal brasileiro, também indica que no mesmo ano houve um crescimento de 6,3%, com receita agregada de R$ 260 bilhões.

Inscrições – Vagas limitadas

As inscrições para o V Congresso Brasileiro de Eucalipto podem ser feitas diretamente pelo link https://www.congressoeucalipto.com.br/inscricao.php (no site oficial do evento), com valor especial até o dia 29/04.

Contatos:

Raiz Comunica (27) 9929-0771 bretas@raizcomunica.com.br

CEDAGRO-ES (27) 99830-9621 cedagro@cedahgro.org.br

Saiba mais em: www.congressoeucalipto.com.br

CLIQUE AQUI E CONFIRA AS FOTOS DA EDIÇÃO ANTERIOR DO EVENTO (2019)

Escrito por: redação Mais Floresta / Foto: Paulo Cardoso.

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Exclusão da silvicultura como atividade potencialmente poluidora é aprovada na CCJC da Câmara dos Deputados e avança para Plenária

Na tarde de ontem (9), foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 1366/22 que autoriza a exclusão da atividade de silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras.

O PL já havia sido aprovado na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Após a aprovação na CCJC, o Projeto está pronto para ser encaminhado ao Plenário da Câmara dos Deputados para votação definitiva.

Com a atual classificação, definida na década de 1980, o plantio e manejo de florestas é considerada uma atividade com médio potencial poluidor, característica que não apresenta a realidade massiva da produção de florestas no Brasil. A agroindústria florestal brasileira é, sem dúvida, a atividade econômica que mais conserva e conecta matas nativas em escala em todos os biomas.

Com a exclusão desta classificação desatualizada, mais produtores rurais poderão investir nesta atividade de forma legal, ampliando os benefícios socioambientais dessa grande cadeia de valor.

Após a aprovação do PL em plenário, o Estado Brasileiro conseguirá atender em menor prazo suas metas importantes de descarbonização da economia e transição energética, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no último dia 21 de março, no lançamento do Plano Nacional de Florestas Plantadas.

“A desburocratização do setor florestal tem sido pauta prioritária da atuação da AMIF que, por meio da articulação institucional e governamental, está desenhando um cenário mais promissor para a produção econômica e também para a conservação de florestas em Minas Gerais e no Brasil”, conclui a presidente da AMIF, Adriana Maugeri.

Informações: AMIF.

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Silvicultura: conheça a indústria que já está em 94% das cidades mineiras

Minas é líder em atividade florestal, com 27% da produção. São 2,2 milhões de hectares de plantio, quase a totalidade de eucalipto, em 803 dos 853 municípios

Com uma área superior a 2,2 milhões de hectares de plantio, Minas Gerais é o estado líder da chamada indústria florestal, de acordo com dados do último levantamento de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento ainda revela que o estado possui o maior valor de produção, com R$ 7,5 bilhões gerados em 2022, representando 27,3% do total produzido no país.


Entre os municípios, João Pinheiro aparece na terceira posição em maiores valores da produção da silvicultura, gerando R$ 497 milhões. A cidade do Noroeste de Minas é destaque nacional no carvão vegetal, com 437,8 mil toneladas em 2022. No entanto, o dado revela uma queda de 7,8% em termos de volume de produção na comparação com o ano anterior.


Ainda de acordo com dados do IBGE, organizados pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), o cultivo de árvores em Minas é destinado, principalmente, à produção de papel e celulose, indústria que atingiu um volume total de 7,9 milhões de metros cúbicos (m³) em 2022. Ao mesmo tempo, é estimado que o plantio florestal esteja presente em 803 municípios, sendo que 96,8% do toral se refere à cultura de eucalipto.


Adriana Maugeri, presidente da AMIF e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), afirma que, para o estado liderar tanto em área plantada quanto em valor de produção, foi necessário uma combinação de fatores que inclui o tamanho do território disponível.


“Não há restrição locacional para os plantios. Uso o exemplo do Mato Grosso do Sul, que também tem sido um expoente na indústria da celulose, mas apenas a zona Leste do estado é adaptada para o plantio florestal, porque tem o pantanal e várias outras culturas. Em Minas Gerais, pode se plantar em todas as regiões, então para se ter uma ideia de escala, de 853 municípios, 803 têm plantio florestal”, explicou.

O Norte do estado lidera em área plantada destinada à silvicultura, com 566.380,58 hectares totais, sendo 98% coberto pelo eucalipto, árvore de cultura predominante em Minas Gerais. Na região, o destaque fica com o município de Buritizeiro, a segunda cidade com a maior área coberta, abrangendo 77,5 mil hectares.


Adriana Maugeri ressalta ainda que as potencialidades da cultura de árvores no estado são impulsionados pelo clima e pelo investimento em tecnologia, proveniente dos cursos de engenharia florestal em universidades mineiras. A representante do setor também destaca o que chamou de “vocação agrícola”.


“A vocação por plantar floresta é antiga, mas não necessariamente se plantava da melhor forma. Qualquer vegetal que você planta em locais não recomendados, não vai crescer ou vai deteriorar o solo. Isso foi se desenvolvendo tanto que Minas Gerais é o estado que possui o maior número de universidades com Engenharia Florestal no Brasil. A academia é muito forte, então, se tem uma mão de obra muito qualificada”, frisou.

Fábrica da Cenibra em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce
Fábrica da Cenibra em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce: além de plantar, empresa faz parcerias com pequenos e médios produtores ruraisCenibra/Divulgação

Cifras da cadeia produtiva

No último dia 6 de março, a presidente da Amif e outros representantes do setor se reuniram com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Na oportunidade eles apresentaram os potenciais da cadeia produtiva florestal. Segundo Adriana Maugeri, o setor teve receita bruta de R$ 260 bilhões em 2022, mas a análise varia segundo o segmento da indústria e seus diferentes perfis.


A presidente da AMIF cita, por exemplo, a celulose, matéria-prima essencial para produção de papel, cujo volume é majoritariamente destinado ao mercado externo. Segundo o relatório PEVS do IBGE, a produção de madeira em tora para papel e celulose representa o maior valor entre os grupos de produtos da indústria florestal, com R$ 9,1 bilhões.


“A celulose é uma commoditie que tem um peso muito forte na balança comercial. Quando a gente estratifica o PIB Mineiro, a celulose tem um valor forte, devido à exportação. A indústria nacional da produção de papel não é tão expressiva quanto a internacional. Alguns desses produtos que a gente compra, como os papéis higiênicos, vêm da indústria de fora. Sai da nossa celulose e volta como produto já acabado”, explicou Adriana Maugeri.


De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda, a celulose ocupou o 11ª lugar no ranking das exportações totais do país em 2022 (2,5%), com 19,8 milhões de toneladas. Uma das principais empresas produtoras da matéria-prima em Minas, a Cenibra, por exemplo, destina só 2% da sua produção ao mercado interno.


“Em 2022, foram comercializadas 1.165,3 mil toneladas de celulose; 98% desse total é destinado ao mercado externo e 2% de toneladas destinadas ao mercado doméstico. Nossos principais destinos de exportação são América do Norte, Ásia e Europa”, conta o diretor técnico, industrial e florestal da Cenibra, Júlio César Tôrres Ribeiro.


Atualmente a companhia ocupa área total de 254 mil hectares, sendo 131 mil destinados ao plantio de eucalipto, 106 mil a matas nativas e áreas de preservação permanente, além de 17 mil hectares de infraestrutura e estradas. Segundo Júlio Ribeiro, os plantios estão distribuídos em 54 municípios, mas a empresa também trabalha em parceria com o pequeno e médio produtor rural.


“Quando incluímos o Fomento Florestal com produtores rurais, alcançamos 89 municípios. Atualmente, são 575 parceiros, numa área aproximada de 21 mil hectares, o que contribui com 15% do abastecimento de madeira na fábrica. O produtor rural recebe toda a instrução técnica, insumos para início da produção e a muda de clone adaptada à sua região”, explicou.


Queixa sobre a burocracia

O diretor da Cenibra e a presidente da Amif afirmam que entre os principais entraves do setor está a burocracia para o plantio. Adriana Maugeri afirma que Minas Gerais já perdeu “muito investimento” por causa das dificuldades jurídicas, e que empresas já chegaram a esperar 10 anos para conseguir licenciamento ambiental.


Mas, de acordo com a representante do setor, o diálogo com o governo do estado é bom e há boa vontade em desburocratizar. “A indústria não precisa de dinheiro (público), o recurso, ela tem. A gente precisa da contrapartida do estado em licenciamento, tributação, sistemas que favoreçam e sejam algo simplificado”, frisou Adriana Maugeri.


Ela ressalta que é preciso estabilidade para que as empresas se instalem em Minas, porque os projetos são de “longuíssimo prazo”. O ciclo de eucalipto é um dos menores entre as árvores, mas desde o plantio de mudas até a colheita de uma árvore adulta a duração é de sete anos.


Júlio Ribeiro acrescenta que fatores como o cenário econômico, mão-de-obra no campo e a infraestrutura são desafios importantes da Cenibra, mas que devido à burocracia não é possível expandir a produção. “Toda a área plantada hoje atende à produção atual e não existe excedente de madeira que permita uma expansão no momento. Existe no Brasil uma lei que limita a compra de terras por empresas com capital estrangeiro e esse é um dos empecilhos para aumento de nossa base florestal”, disse o representante da companhia.


Silvicultura

A atividade pode ser definida como a ciência que estuda maneiras naturais e artificiais de plantio de árvores, para atender as exigências do mercado. A silvicultura moderna opera com plantações mantidas artificialmente e com emprego de tecnologia para a produção de madeira e derivados, como a celulose, matéria-prima para o papel.

Informações: Estado de Minas.

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Pesquisadores do campus de Alegre lançam livro sobre silvicultura de precisão

Os professores Samuel Silva, do curso de Engenharia Rural, e Willian Moraes, do curso de Agronomia, ambos do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE), localizado no campus de Alegre, em parceria com outros autores, publicaram o livro Silvicultura de Precisão. A obra contempla todas as etapas da produção silvicultural, apontando as técnicas e tecnologias para uso imediato e traçando o horizonte do que ainda está por vir no processo constante de digitalização do campo.

Segundo os autores, a publicação é a primeira no Brasil e no mundo a abordar aspectos tecnológicos voltados para o setor, com impacto no ensino da silvicultura, mas principalmente nas ações diretas de monitoramento, tomada de decisão e manejo dos povoamentos florestais.

“O livro possui temas atuais relevantes no dia a dia do silvicultor moderno, como a automação, robótica, inteligência artificial, fitossanidade, matologia, climatologia, estoque de carbono, tecnologia de aplicação, entre outros”, destacam.

O livro é dividido em 18 capítulos e apresenta um projeto gráfico que traz imagens e ilustrações, com objetivo de proporcionar aos leitores uma experiência mais completa e imersiva. Publicado pela editora da Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão (Funep), o material não tem fins lucrativos. O recurso financeiro arrecadado com as vendas será direcionado para uma conta da Funep, e posteriormente destinado a organizações não governamentais (ONGs) com atuação voltada às questões socioambientais.

O livro pode ser adquirido no site da editora Funep pelo valor de R$ 120,00 ou consultado na Biblioteca Setorial Sul, no campus de Alegre, onde há exemplares disponíveis. 

Informações: UFES / Fonte imagens: LinkedIn Marcus Vinicius Masson.

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Estudo avaliou o potencial silvicultural do eucalipto no Estado do Ceará

No árido cenário do Ceará, onde solos arenosos e ventos impetuosos desafiam o cultivo, surge uma iniciativa ousada: o projeto da Embrapa Agroindústria Tropical (CE) e Embrapa Florestas (PR) desafia as adversidades climáticas para viabilizar o cultivo de árvores destinadas à indústria moveleira. Com 12 anos de dedicação, a pesquisa empreendida no município de Acaraú revelou uma surpreendente possibilidade de florestação em meio a condições aparentemente desfavoráveis.

A forte insolação e as baixas precipitações, que inicialmente pareciam barreiras intransponíveis, foram enfrentadas por cientistas que avaliaram meticulosamente 39 espécies, entre nativas e exóticas, além de seis híbridos de eucaliptos. Os resultados indicam que, contra todas as probabilidades, é possível transformar o árido solo cearense em terreno fértil para o florescer de uma nova indústria.

Esse esforço inovador não apenas desafia a natureza, mas também promete impulsionar economicamente a região, abrindo caminho para a produção de matéria-prima sustentável e contribuindo para a diversificação da matriz econômica local. O projeto, marcado por uma década de resiliência científica, lança luz sobre a capacidade humana de superar desafios e explorar novos horizontes, mesmo nos ambientes mais árduos.

Sob a liderança da pesquisadora Diva Correia, a inovadora iniciativa revela um material com potencial multifacetado. Além de se destacar na indústria moveleira, o produto demonstra aptidão para setores diversos, como energia, apicultura, arborização e recuperação de áreas degradadas. Clones de eucaliptos surpreenderam com adaptação promissora, apontando caminhos para a construção civil e sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta.

Em busca de espécies florestais adaptadas às distintas regiões do Ceará, os pesquisadores implementaram seu primeiro experimento em três hectares irrigados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na zona rural de Acaraú (CE), próximo a Marco (CE). Após três anos, a primeira fase de seleção destacou espécies com notável adaptação às condições locais, impulsionando novas etapas de experimentação. Os ensaios subsequentes incluem a seleção de matrizes de espécies nativas, testes clonais em eucaliptos, variação de espaçamentos e análises de qualidade da madeira. Além disso, a pesquisa abrange a utilização de resíduos para o desenvolvimento de inovadores materiais, promovendo uma abordagem abrangente para o aproveitamento sustentável dos recursos florestais na região.

Podemos dizer que os clones de eucaliptos são muito promissores, por seu rápido crescimento e adaptabilidade às condições de solo e clima da região e apresentam potenciais de uso para energia.

O pesquisador João Alencar, envolvido no projeto, relata que entre as espécies nativas avaliadas, diversas demonstram um desenvolvimento robusto. Assim como os clones de eucaliptos, essas espécies apresentam potencial para a produção de móveis, geração de energia e desempenham papel crucial na reposição florestal. Além disso, destacam-se em áreas como apicultura e integração em sistemas floresta-lavoura-pecuária, evidenciando sua versatilidade para diversos usos.

O estudo sinaliza não apenas para o desenvolvimento sustentável, mas também para a diversificação de atividades econômicas ancoradas nas riquezas da flora regional.

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A importância da mecanização na silvicultura

A base econômica desse setor, que abrange silvicultura, colheita e transporte de madeira, desempenha um papel importante na definição das características do produto final oferecido no mercado. O avanço de tecnologias é fundamental em cada uma dessas etapas.

Inicialmente, a mecanização se concentrou nos setores de colheita e transporte, evidenciando um compromisso crescente com padrões rigorosos de sustentabilidade. Esse desenvolvimento tecnológico está pavimentando o caminho para um futuro ambientalmente responsável. A mecanização da silvicultura emerge como um desafio a ser enfrentado. Atualmente, o plantio de florestas é predominantemente manual ou semimecanizado, e a automação desse processo é essencial para aprimorar a eficiência e a produtividade.

Desde o início da pandemia, a silvicultura está em franca expansão, tornando-se “a menina dos olhos” da cadeia florestal. As indústrias e o agronegócio estão com alta demanda por biomassa florestal, impulsionando o crescimento do setor. Destaca-se o ramo de celulose, no qual o Brasil é atualmente o maior produtor e exportador mundial.

Com o aumento da demanda, surgem inovações tecnológicas para aplicação em plantios florestais. A Reflorestar Soluções Florestais, referência na colheita e no carregamento de madeira em áreas plantadas, está expandindo suas atividades para a silvicultura. Seu processo totalmente mecanizado na colheita e no carregamento de madeira agora se estende à silvicultura. Um exemplo é a plantadora com cabeçote duplo, que planta duas mudas simultaneamente, acelerando o processo e sendo eficiente em áreas planas ou inclinadas, em diversos tipos de solo. 

Este processo mecanizado não só proporciona alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também resulta em baixo índice de reposição de mudas. Além disso, destaca-se pelo baixo consumo de combustível, contribuindo para uma eficiência energética aprimorada e garantindo total segurança para o operador.

Os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam um aumento de 14,9% no plantio de florestas em comparação ao ano anterior. O valor da produção da silvicultura chegou à marca de R$27,4 bilhões. Minas Gerais é o estado com maior valor de produção – R$7,5 bilhões. Vale ressaltar o crescimento da área plantada no Mato Grosso do Sul, alcançando 1,2 milhão de hectares, representando um aumento de 13,2%.

O Brasil está se destacando como líder no agronegócio florestal, impulsionando avanços tecnológicos no campo. O desafio de desenvolvermos uma silvicultura totalmente mecanizada agora fará a diferença para os próximos sete anos, quando chegar o momento da colheita. A cadeira produtiva florestal está aquecida, e é preciso aproveitar este momento para ampliarmos nossa visão para garantir um futuro mais inovador e competitivo no mercado global.

Informação: Rede Comunicação.

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Exclusivo – Dados 2022/23: Levantamento do nível de mecanização na Silvicultura brasileira

Dados apontam que houve avanço nos últimos dois anos nos sistemas mecanizados disponíveis para a execução das atividades silviculturais no país; porém mão de obra aliada não acompanha na mesma proporção da expansão das fronteiras das áreas florestais

Com participação expressiva na economia nacional, a silvicultura está baseada em conceitos bastante sólidos, incluindo uma série de etapas fundamentais que passam pela correta seleção de material genético, implantação, manejo, proteção e certificação entre outras, bem como,  uma entrega adequada da matéria-prima para suas diferentes aplicações. Com isso, o avanço da mecanização no Brasil trouxe benefícios às empresas florestais, já que a demanda pelos produtos é crescente, e, diante do cenário global, as empresas da iniciativa privada buscam a excelência empresarial para garantir a competitividade ao mesmo tempo em que acompanham as mudanças tecnológicas que ocorrem em ritmo acelerado.

Imagem: Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura no Brasil – Ed. 2022/23

De acordo com o Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura no Brasil, edição 2022/23, que envolve na produção a Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA/UNESP) Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (IPEF), nota-se um avanço nos sistemas mecanizados disponíveis para a execução das atividades silviculturais no país, em relação ao último levantamento (2020/21), mesmo que, talvez, não seja na intensidade e na velocidade necessárias para superar os desafios de falta de mão de obra aliada à expansão das fronteiras das áreas florestais. Segundo Ibá (2022), houve um aumento de 1,9% na área de floresta plantada no ano de 2021 em relação ao mesmo período em 2020.

Imagem: Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura no Brasil – Ed. 2022/23

Diante desse contexto, a mecanização e a automação dos processos silviculturais se fazem ainda mais necessárias para atender a demanda fabril de madeira de eucalipto e pinus. Por isso, o Programa Cooperativo sobre Mecanização e Automação Florestal (PCMAF) coordena, a cada dois anos, em parceria com Programa Cooperativo sobre Pesquisa do Pinus no Brasil (PPPIB), o Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura com a participação de empresas de base florestal desde 2015.

Imagem: Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura no Brasil – Ed. 2022/23

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com um dos coordenadores do levantamento 2022/23, Prof. Saulo P. S. Guerra (FCA/UNESP), sobre os seguintes temas:

O que pode ser considerado, um dos principais destaques da última década na mecanização da silvicultura no país?

– Um dos principais avanços que podemos observar na silvicultura na última década, sem dúvida, foi o desenvolvimento de plantadoras mecanizadas de mudas entubetadas. Vemos atualmente já, diversos fabricantes oferecendo no mercado soluções para plantio de uma linha, duas linhas, três linhas, e provavelmente, veremos para o próximo ano, a chegada de novas máquinas plantando até quatro linhas.

O que impulsiona o desenvolvimento da mecanização da silvicultura no país?

– Podemos considerar a falta de mão de obra, um dos principais propulsores para o desenvolvimento da mecanização na silvicultura, bem como a grande expansão de áreas de plantio, com destaque para as novas áreas em Mato Grosso do Sul. Com isso, existe uma demanda de plantio muito grande, onde não há mão de obra o suficiente para essa atividade, e isso faz com áreas como o plantio mecanizado apareça e se desenvolva nesse cenário com maior força.

O que esperar em inovação para a área nos próximos anos?

– Para os próximos anos, algumas de nossas expectativas é a consolidação de diferentes modelos de plantio mecanizado, o surgimento de novas tecnologias em irrigação de mudas, também observamos uma tendência para maior automação de algumas operações na área, mecanização dos viveiros de mudas, com máquinas de estaqueamento, com seleção, na tentativa de otimizar e padronizar a qualidade das mudas que irão para as plantadoras, bem como ações que proporcionem redução de custos operacionais, e de implantação e manutenção de florestas.

Assim como na edição anterior (2020/21), a edição atual do Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura conta com análises separadas para as culturas do eucalipto e de pinus, visando investigar a diferença entre os dois cenários da mecanização. Uma novidade do levantamento deste ano é a inclusão da coleta de informações sobre o monitoramento de incêndios florestais, atendendo ao pedido das empresas participantes.

Edições Disponíveis:

– Edição 2018/2019 – Lançada em julho de 2020.
– Edição 2020/2021 – Lançada em outubro de 2021.

– Edição 2022/2023 – Lançada em agosto de 2023. Arquivo PDF (4,5 MB)
Arquivo PDF em alta resolução (443 MB)

Com publicações bianuais, os leitores podem acompanhar a evolução do nível de mecanização das principais operações silviculturais realizadas pelas empresas florestais ou por empresas prestadoras de serviços (EPS), auxiliando na definição de estratégias ou de comercialização de produtos e serviços para o setor florestal nacional.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Reflorestar destaca aumento de demanda por silvicultura

A empresa participou do HDOM Summit, junto com várias lideranças do setor. O plantio de eucalipto é uma necessidade do mercado para o abastecimento, principalmente, de biomassa florestal e celulose.

A Reflorestar Soluções Florestais participou, neste mês de novembro, da IV edição do HDOM Summit ao lado de grandes players do mercado florestal brasileiro. Todos se reuniram, em São Paulo, para debater as principais estratégias e desafios do segmento de florestas cultivadas no país. O evento contou com a presença de 280 participantes do setor, como as principais empresas da cadeia florestal, e fornecedores de máquinas e implementos.

De acordo com o gerente-geral administrativo da Reflorestar, Bruno Soares, o mercado está vivenciando uma tendência de redução, por parte das empresas e do agronegócio, de combustíveis fósseis e uma ampliação no uso de combustíveis renováveis. “Estamos vendo uma demanda crescente por biomassa florestal, que tende a aumentar para os próximos anos. Acreditamos que quem plantar agora atenderá a esse consumo que está em franca expansão”. O setor de celulose é outro ramo que está aumentando a demanda por florestas plantadas. 

Soares explica que a Reflorestar percebeu a necessidade de ampliar seu portifólio de soluções florestais para também atender o setor de silvicultura. “Somos referência em atividade mecanizada de colheita e carregamento de madeira em áreas reflorestadas. Começamos, recentemente, a ofertar o plantio florestal, totalmente mecanizado, para nossos clientes que precisam expandir suas florestas”.

Para o gerente-geral de operações, Nilo Neiva, que também participou do evento, o Brasil é um importante país para investimentos na área de florestas. “O setor de florestas plantadas no Brasil é altamente profissional, sustentável e representa um dos principais itens da balança do nosso agronegócio”, afirma.

Neiva acredita que o evento confirmou as tendências de mercado e mostrou uma “corrida” por fomento florestal. “Estamos percebendo uma necessidade crescente por silvicultura e uma estabilidade no setor de colheita. A Reflorestar quer se consolidar no segmento de florestas de ponta a ponta, desde o plantio até o carregamento de madeira, oferecendo o que há de mais moderno em tecnologia para o setor”, conclui.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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