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Biodiversidade do solo pode ser chave para sustentabilidade da erva-mate na Floresta de Araucária

Um projeto de pesquisa inovador começa a ser desenvolvido no Sul do Brasil com o objetivo de avaliar e otimizar a produção sustentável de erva-mate em áreas de Floresta com Araucária. A pesquisa, coordenada pela Embrapa Florestas, se concentra na análise da atividade e da diversidade microbiana do solo em diferentes sistemas de produção de erva-mate, incluindo áreas de floresta nativa, sistemas agroflorestais e monocultura. O objetivo é identificar os microrganismos que promovem o crescimento das plantas e otimizar o manejo do solo, a fim de garantir uma produção sustentável e ecologicamente correta. Os trabalhos terão duração de três anos e contam com o apoio de pesquisadores de diversas áreas. O objetivo será encontrar o equilíbrio entre a produção da erva-mate e a conservação do ecossistema. 

Intitulado “Atividade e diversidade microbiana em sistemas de produção sustentável de erva-mate em Florestas com Araucária”, o projeto é de grande importância para a região Sul do país, onde a erva-mate é um produto de destaque na economia local. A produção sustentável da erva-mate é fundamental para garantir a conservação da Floresta de Araucária, um ecossistema rico e ameaçado de extinção.

A pesquisa

“Acreditamos que este projeto possa trazer resultados significativos para a produção de erva-mate na região, além de contribuir para a conservação da Floresta de Araucária”, afirma Krisle da Silva, pesquisadora da Embrapa Florestas responsável pelo projeto. “Ao analisar a atividade microbiana do solo, podemos identificar os melhores métodos de manejo e cultivo, garantindo uma produção sustentável e ecologicamente correta”.

Espera-se que esta pesquisa permita avaliar de forma precoce e eficaz as alterações no solo, diminua os manejos e promova cultivos mais sustentáveis ​​para a região. Além disso, um dos objetivos será a seleção de microrganismos eficientes para a produção de mudas de espécies nativas, o que poderá contribuir para a recuperação de áreas degradadas e para a promoção de sistemas de produção mais resilientes e ecologicamente equilibrados”, acrescenta a pesquisadora.

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Sustentabilidade: cerne da engenharia florestal

Artigo de Cícero Ramos

Em 1713 — há 312 anos — o saxão Hans Carl von Carlowitz (1645-1714) escreveu sua obra Silvicultura Oeconomica, na qual defendia a conservação, o cultivo e o uso da madeira de forma contínua, estável e sustentável. Esse trabalho marcou o primeiro registro documentado do termo Nachhaltigkeit, que significa sustentabilidade. Esse marco também é considerado o início de uma abordagem científica para as atividades florestais, que se expandiu da Europa Central para o resto do mundo, chegando ao Brasil em 1960.

Diversas medidas foram adotadas ao longo da história para preservar as florestas. Na Alemanha, por exemplo, leis já em 1330 estabeleciam que o corte de madeiras deveria ser moderado e não causar devastação. Vilarejos, associações agrícolas, mosteiros e cidades implementaram regras específicas para esse fim, como a proibição do corte de árvores que produziam alimentos (frutas) e produtos florestais não madeireiros. Essas áreas eram colhidas anualmente e, em seguida, protegidas contra o retorno da população até que a regeneração das árvores fosse garantida.

Na França medieval, o conceito de sustentabilidade surgiu na palavra soustenir (sustentar), presente na Ordonnance de Brunoy, a primeira lei francesa conhecida sobre gestão de cursos de água e florestas. Promulgada em 1346 por Filipe VI, a lei exigia que os proprietários de florestas e cursos de água garantissem sua manutenção para que pudessem “se sustentar perpetuamente”.

Na Grã-Bretanha, em 1664, John Evelyn apresentou seu livro Sylva: A Discourse of Forest-Trees and the Propagation of Timber ao rei e à Royal Society. A obra, reeditada várias vezes no século XVII, incentivou o plantio de milhões de árvores, inclusive em propriedades rurais da aristocracia.

Apesar desses esforços, a conservação e gestão dos recursos florestais mostraram-se insuficientes. No século XVII, durante o primeiro período de industrialização, a demanda por madeira na Europa cresceu exponencialmente, levando à exploração intensiva de florestas e à abertura de novas áreas. Na Alemanha, Áustria e Suíça, a madeira era essencial para as indústrias de mineração. Já em países costeiros como Grã-Bretanha, França, Portugal, Espanha e Suécia, a preocupação era garantir o abastecimento de madeira para a construção naval. A pressão por madeira e terras agrícolas resultou em desmatamento extensivo e regeneração inadequada, causando impactos significativos nas florestas, conforme relatado por observadores da época.

Em 1713, Hans Carl von Carlowitz, chefe da administração mineira da Saxônia, publicou Silvicultura Oeconomica, um tratado de 300 páginas que defendia o uso sustentável das florestas. Baseando-se em sua experiência, publicações de terceiros e contatos internacionais, von Carlowitz propôs uma nova abordagem para o manejo florestal. O livro tornou-se leitura obrigatória para silvicultores, administradores governamentais e gestores do setor de mineração. A segunda edição, publicada em 1732, expandiu ainda mais suas ideias.

O conceito de sustentabilidade de von Carlowitz foi ampliado por outros especialistas. Wilhelm Gottfried Moser, em Grundsätze der Forst-Ökonomie (1757), destacou os aspectos intra e intergeracionais da sustentabilidade, afirmando que o homem deve viver não apenas para si, mas também para o benefício das gerações futuras. Georg-Ludwig Hartig, em Anweisung zur Taxation der Forste (1795), enfatizou a importância de garantir que as gerações futuras pudessem usufruir dos mesmos benefícios das florestas.

Essas ideias lançaram as bases para o conceito moderno de desenvolvimento sustentável, definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987) como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”.

No início do século XIX, o termo Nachhaltigkeit ganhou destaque na pesquisa e educação florestal. Escolas técnicas e academias florestais foram estabelecidas, como o Instituto Florestal de Tharandt, fundado por Heinrich von Cotta em 1811. A França também seguiu o exemplo, com a criação da Escola Nacional de Silvicultura em Nancy no ano de 1824 e a promulgação do Código Florestal Francês em 1827.

Especialistas florestais europeus tornaram-se influentes, e suas ideias se espalharam globalmente. Estudantes estrangeiros foram atraídos para essas instituições, e graduados levaram os princípios da sustentabilidade para outros países. Por exemplo, Johann Georg von Langen, um influente engenheiro florestal alemão, ajudou a desenvolver a gestão florestal na Dinamarca e na Noruega, enquanto especialistas alemães foram contratados para estabelecer a profissão florestal na Rússia.

Embora países como a Alemanha já tenham aplicado técnicas de silvicultura e gestão florestal sustentável desde o século XIX, o Brasil, apesar de abrigar uma das maiores florestas e biodiversidade do planeta, levou tempo para incorporar práticas científicas e educacionais nessa área. A primeira tentativa de ensino superior voltado à silvicultura ocorreu em 1875, com a fundação da Escola Agrícola da Bahia, que oferecia cursos para formar Silvicultores, Agrônomos, Engenheiros Agrícolas e Veterinários. No entanto, não há registros de que tenha formado, de fato, Silvicultores. Assim, a exploração das florestas nativas no Brasil continuou de maneira empírica, sem o suporte técnico necessário.

O Brasil demorou a reconhecer a importância de capacitar profissionais para gerenciar suas florestas de forma sustentável, países como Venezuela, Colômbia, Chile e Argentina já haviam implantado escolas de Engenharia Florestal.

Somente em 1960 foi criada a Escola Nacional de Florestas, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento e o crescimento do setor florestal no Brasil. Com o apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a Agricultura, foi estabelecido o primeiro curso de Engenharia Florestal do país, na cidade de Viçosa, Minas Gerais, por meio do Decreto nº 48.247, de 30 de maio de 1960.

Hans Carl von Carlowitz cunhou o termo Nachhaltigkeit (sustentabilidade) e definiu o manejo florestal como uma prática que deve garantir o uso contínuo, estável e sustentável dos recursos, defendendo que o consumo de madeira deve permanecer dentro dos limites que a área florestal pode produzir e suportar, ou seja, não se deve derrubar o estoque de árvores maduras até que se observe que há crescimento suficiente no local. Essa visão pioneira está refletida nos princípios técnicos e científicos que norteiam o manejo florestal atual, ao relacionar a intensidade da exploração à capacidade de suporte ambiental da floresta e definir ciclos de corte alinhados ao tempo necessário para a recuperação dos volumes extraídos.

No manejo florestal da Amazônia, com engenheiros florestais como responsáveis técnicos, são identificadas as árvores maduras que podem ser colhidas da floresta, sendo retiradas, em média, de três a cinco árvores por hectare. Também são determinadas as árvores jovens que permanecerão na floresta, as árvores porta-sementes (mães) que serão responsáveis pela renovação da floresta, além das árvores protegidas por lei, como é o caso da Castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.), por exemplo. Após a exploração das árvores maduras selecionadas para manejo, por meio de técnicas de exploração de impacto reduzido (EIR), ocorre uma abertura no dossel das copas que permite a entrada de luz na floresta, estimulando a regeneração natural e o banco de plântulas, favorecendo o crescimento em diâmetro e incremento volumétrico das árvores que, por meio da fotossíntese, retiram o dióxido de carbono () da atmosfera e o transformam em oxigênio (), contribuindo para o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais.

O manejo florestal sustentável é uma das abordagens mais eficazes e inteligentes para combater o desmatamento e atividades ilegais. Ele permite a exploração econômica de produtos florestais, garante a manutenção de serviços ambientais e contribui para a geração de empregos e renda na região amazônica. Além disso, essa prática promove a arrecadação de impostos, oferece segurança jurídica ao setor florestal e favorece a conservação da biodiversidade para as gerações presentes e futuras.  O manejo florestal não se compara e tampouco pressupõe qualquer forma de remoção de vegetação, mesmo que legal.

O conceito de sustentabilidade é o cerne da engenharia florestal. Foi com esse objetivo que a profissão foi criada: tornar sustentável. A matéria-prima de origem florestal é essencial para a humanidade e exige um longo período para sua produção. O crescimento populacional e a demanda estão diretamente ligados. Portanto, é fundamental planejar as atividades para que ela seja sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Conclusão

O legado de Hans Carl von Carlowitz, com mais de três séculos de história, mantém-se profundamente relevante no debate contemporâneo sobre sustentabilidade. Seu conceito de Nachhaltigkeit (sustentabilidade), cunhado em 1713, transcendeu fronteiras e tornou-se um pilar essencial para a conservação e o manejo responsável dos recursos florestais em todo o mundo. Ao revisitarmos suas ideias, percebemos que a sustentabilidade não se limita a uma mera necessidade — ela se apresenta como uma oportunidade para inovar, repensar práticas e construir um futuro mais equilibrado e recipiente. Nesse contexto, a engenharia florestal, que neste ano celebra os 65 anos da fundação do curso no Brasil, se consolida como uma profissão essencial, oferecendo soluções técnicas e científicas para a proteção e restauração de ecossistemas florestais.


*Cícero Ramos, engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

Fonte de pesquisa:

FAO – The Food and Agriculture Organization of the United Nations – An international review of forestry and forest products – Unasylva Number 65 Vol. 16 (2) 1962 disponível em: https://www.fao.org/4/b3200e/b3200e00.htm#Contents

FAO – The Food and Agriculture Organization of the United Nations Unasylva n°. 64, 2013/1 300 anos de silvicultura sustentável ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA Roma, 2013 . Disponível em: https://www.fao.org/4/i3364e/i3364e00.htm

Hans Carl von Carlowitz – A descoberta da sustentabilidade. Disponível em: https://akademielandpartie.de/2019/10/01/hans-carl-von-carlowitz-die-entdeckung-der-nachhaltigkeit/

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Responsável por 4% do PIB nacional, silvicultura é importante aliada da sustentabilidade na indústria de transformação

Segmento de florestas plantadas produziu 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões em papel e 1,5 milhão de m³ de madeira nobre

Em 7 de dezembro é comemorado o Dia Nacional da Silvicultura, uma menção ao setor rural responsável pela produção de florestas plantadas. Para se ter uma ideia dos resultados positivos do manejo e a pegada sustentável dessa importante atividade agrícola, diariamente são plantadas 1,8 milhão de árvores com fins comerciais. 

A informação divulgada pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvore) é resultado de um estudo realizado anualmente. A atividade de silvicultura é responsável por 4% do PIB (Produto Interno Bruto), e produziu em 2023, 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e ainda, 1,5 milhão de metros cúbicos de madeira para exportação.

É importante esclarecer que a silvicultura é o método de cultivar florestas, a fim de evitar o desmatamento das matas nativas e a destruição dos biomas nacionais.

O relatório anual da organização MapBiomas destacou que, nos últimos cinco anos o Brasil perdeu mais de 8,5 milhões de hectares de vegetação nativa, por retirada ilegal de árvores. Em outras palavras, o espaço atingido equivale a duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro. 

Outro ponto de atenção foram as regiões do Cerrado e Matopida (Bahia, Piauí, Tocantins e Maranhão), que registraram o maior índice de remoção da vegetação nativa, com 49%. Portanto, foram responsáveis por quase metade do desmatamento ocorrido no território nacional.

Diante das informações elencadas sobre a flora nacional é fundamental incentivar os produtores a optarem pela cultura de árvores plantadas, como pinus e eucalipto, já que são matérias-primas de papel e celulose e ainda, apresentam alto valor agregado. 

O Senac EAD conta com um portfólio completo de cursos na área ambiental, de cursos livres a pós-graduação. Além disso, a graduação de Tecnologia em Gestão Ambiental recebeu nota máxima do MEC, pela nota obtida no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). 

Os concluintes também têm direito a solicitarem a carteira profissional do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), no estado onde residem. Portanto, se você tem interesse de iniciar uma carreira na área de meio ambiente, venha para o Senac EAD. Acesse o site e confira as opções de aprendizado. 

Sobre o Senac EAD

Com mais de 77 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nessa modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio.

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo a todo o Brasil, apoiado por mais de 380 polos presenciais para avaliações. Acesse aqui a programação completa de cursos do Senac EAD.

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Bracell recebe premiação Smart Farm da John Deere por uso de tecnologia na silvicultura

Companhia foi uma das premiadas entre aproximadamente 450 empresas

São Paulo, outubro de 2024 – A aplicação de soluções tecnológicas na silvicultura, prática que envolve o cultivo e manejo sustentável de florestas, contribui para a formação de florestas de melhor qualidade, aumentando a eficiência na produção de madeira, melhorando a conservação da biodiversidade e promovendo a resiliência dos ecossistemas frente às mudanças climáticas. Nesse contexto, a Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, recebeu o prêmio Smart Farm 2024 da John Deere, pelos resultados alcançados com o uso de tecnologias no setor florestal, sendo a primeira empresa desse segmento a conquistar esse prêmio. 

A iniciativa reconhece áreas como “Fazenda Modelo” pelo uso de tecnologia em suas operações. Neste ano, cerca de 450 empresas se inscreveram no programa, que premiou 12 empresas dos segmentos de grãos, cana-de-açúcar, HVC/forragem/silvicultura e algodão. Para Vinicius Duque, gerente de silvicultura da Bracell em São Paulo, o reconhecimento reforça o compromisso da empresa com a utilização de tecnologias que promovem a sustentabilidade. “Estamos orgulhosos de liderar práticas que não apenas aumentam a eficiência e a qualidade das nossas operações, mas também promovem a conservação ambiental, devido ao uso mais sustentável dos recursos e insumos”, destacou Duque. 

A premiação aconteceu em Indaiatuba, no interior de São Paulo, após cinco dias de imersão para os representantes das empresas vencedoras, organizada pela John Deere. O cronograma incluiu visitas à SLC Agrícola, em Brasília, à fábrica da John Deere em Goiás e ao hub de inovação AgTech Garage, em Piracicaba, entre outros. A avaliação dos vencedores considerou um período específico de produção, além de aspectos como organização das operações, uso de tecnologia e aplicativos móveis, engajamento nas operações, cadastro de produtos e depoimentos de clientes. 

A tecnologia implementada pela Bracell inclui um piloto automático de alta precisão e o controle eletrônico de aplicação de insumos nas máquinas, além do gerenciamento das operações por meio da Central de Operações Florestais, o que permite maior precisão nas atividades e otimização no uso dos insumos, com aderência às recomendações técnicas em cada área. “Essa abordagem nos possibilita gerenciar nossas operações em tempo real, aplicar fertilizantes com precisão e monitorar os parâmetros operacionais, facilitando e complementando o trabalho do nosso time operacional. Ser reconhecidos pelo Smart Farm 2024 é um reflexo do nosso compromisso com uma silvicultura sustentável, utilizando a tecnologia para a formação de florestas de alta qualidade e produtividade, como também a preservação do meio ambiente”, acrescentou o gerente. 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Ibá lança na COP16 estudo com compromissos do setor de árvores cultivadas para biodiversidade

Documento “Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas” apresenta ações concretas, já em prática, que convergem com as metas do Marco Global de Kunming-Montreal

São Paulo, outubro de 2024 – Nesta última segunda-feira (21), que marca o início da COP16 (Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica), a Ibá lançou o estudo “Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas”. O documento de 55 páginas traz ações efetivas e em andamento das empresas associadas à entidade e que estão em linha com as 23 metas do Marco Global de Kunming Montreal.

O marco, assinado na última edição do evento por 196 nações, é um robusto plano que estabeleceu metas a serem atingidas até 2030 para conservação e uso sustentável da biodiversidade, além de acesso e repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos da utilização dos recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado a eles.

Há décadas o setor de árvores cultivadas zela pela biodiversidade presente em suas áreas de cultivo e de preservação. Foram registradas mais de 8.310 espécies nessas áreas, incluindo da flora, mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, invertebrados e fungos. Essas espécies estão distribuídas em cinco biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Dentre elas, 335 foram consideradas ameaçadas de extinção. Nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, 26 (incluindo aves, mamíferos e flora) foram classificadas como bioindicadores, termo utilizado para espécies muito sensíveis às modificações no ambiente e que, por isso, são consideradas indicadores de qualidade ambiental. Nesses mesmos biomas, sete espécies da flora e 14 da fauna foram classificadas como raras. A publicação recém-lançada evidencia justamente os esforços do setor para zelar por essa diversidade e garantir o futuro do planeta.

O documento mostra, por exemplo, como há 25 anos a Veracel conserva a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Estação Veracel, localizada no sul da Bahia. A reserva tem mais de 6 mil hectares de Mata Atlântica e está entre as 20 áreas de conservação do mundo com maior número de espécies arbóreas, além de registrar 300 espécies de aves e mamíferos, entre elas a harpia, também conhecida como gavião-real, uma das maiores aves de rapina do mundo e considerada em risco de extinção. A conservação da Estação Veracel está alinhada à Meta 3, sobre áreas protegidas e outras medidas eficazes de conservação.

Outro exemplo do caderno é o Projeto Indaiá, localizado em Minas Gerais, que desde 2005 é apoiado pela Cenibra e contribui na geração de emprego e renda para a comunidade local. A empresa permite o acesso às suas áreas de manejo florestal para coleta da palha da palmeira indaiá, além de oferecer capacitação, treinamentos e patrocínio para participação em feiras e exposições regionais e nacionais. A iniciativa visa a comercialização e a promoção do artesanato, prática tricentenária no município de Antônio Dias. A ação dialoga com a Meta 5, que trata da coleta e comércio sustentável de espécies silvestres.

A própria Ibá está presente e, junto com as empresas brasileiras do setor de árvores cultivadas, participa ativamente das discussões promovidas pelo governo, a partir de consultas públicas, reuniões e diferentes iniciativas, como estabelecido pela Meta 14, que visa a integração das ações governamentais com o reconhecimento e a inserção da diversidade biológica no processo de tomada de decisão. Um bom exemplo disso é o processo de atualização da EPANB (Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade), uma ferramenta de gestão integrada das ações nacionais que visam conservar a biodiversidade e um instrumento de monitoramento do progresso das ações brasileiras que constam no Plano de Ação para a Biodiversidade.

Esses são apenas alguns dos registros da publicação, que traz também ações em prol da biodiversidade da Veracel, CMPC, TTG Brasil, Bracell, Melhoramentos, Suzano, Klabin, Eldorado Brasil, Eucatex, Norflor, Irani, TRC, Sylvamo e Gerdau. Vale ressaltar que os esforços de cada companhia não se limitam às ações e aos projetos apresentados de maneira mais detalhada — a própria publicação cita as outras metas para as quais cada empresa contribui diretamente.

“Os maiores desafios da caminhada humana atualmente passam pela crise do clima e da biodiversidade. O setor inova ao lançar o caderno de biodiversidade com cases concretos e que transformam metas em ações. É disso que o mundo precisa”, explica o presidente da Ibá, Paulo Hartung.

“Esse caderno é um marco na trajetória do setor de árvores cultivadas, mostrando que as ações de cuidado com a biodiversidade estão profundamente integradas ao propósito corporativo. O futuro está em jogo, e o tempo para agir é agora”, completa a gerente de Políticas Florestais e Bioeconomia da entidade, Patrícia Machado.

O documento será apresentado durante a COP16 em um evento paralelo organizado pela Ibá em parceria com o PEFC Internacional e o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development). O painel jogará luz sobre projetos inovadores que contribuem para a agenda da biodiversidade, tendo como ponto central o manejo florestal sustentável. Vale destacar também que o setor de árvores cultivadas está presente de forma recorde nesta COP, com representantes de 13 empresas.

“Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas” pode ser acessado no site da Ibá (iba.org).

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

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Manejo florestal sustentável é o caminho para a preservação de florestas nativas brasileiras

No sexto episódio do Podcast WoodFlow o tema central foi a exploração sustentável de madeiras tropicais e nativas no Brasil

“O caminho para preservar a Amazônia, para preservar as nossas florestas nativas é investir em manejo florestal sustentável e incentivar o consumo de madeira oriunda do manejo consciente e responsável”. A afirmação é do Presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX), Deryck Martins, que foi um dos entrevistados do sexto episódio do podcast WoodFlow, que vai ao ar nesta segunda-feira, 5 de agosto. 

A conversa conduzida pelo CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, também contou com a presença do head de Desenvolvimento Estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck,  e trouxe uma visão bastante positiva para o mercado de madeira nativa, seus desafios e oportunidades. 

Mercado de madeira tropical

De acordo com Marcelo, o mercado internacional de madeira tropical (madeira cuja origem se dá nas regiões entre os trópicos de Câncer e Capricórnio) é de cerca de 25 bilhões de dólares ao ano. O Brasil possui uma pequena participação desse mercado, com cerca de 1 milhão. 

“Atualmente, o Brasil tem uma pequena fatia desse mercado, mas já teve participação expressiva, chegando a galgar mais de 50% do mercado internacional. Porém isso não significa que diminuímos o nosso volume de exportações. Na verdade, enquanto mantivemos os mesmos patamares em volume, outros países entraram nesse mercado que está em expansão e conquistaram mais espaço”, explicou Marcelo.

Deryck completa que entre os principais produtos exportados estão madeira para pisos e decks e o principal consumidor é os Estados Unidos, seguido por Europa e Ásia. Porém ele destaca que apenas 15 a 17 % do que é produzido no Brasil é exportado. O grande consumidor da madeira tropical brasileira ainda é o mercado interno. 

Desafios e Oportunidades

Ambos os entrevistados destacaram que o Brasil já possui ferramentas eficientes para o rastreamento e controle da exploração de madeira tropical ou nativa. Mas ainda precisa avançar para promover mais iniciativas de manejo florestal sustentável a fim de que possa galgar mais espaço no mercado. 

Segundo Deryck, as iniciativas de manejo florestal em áreas públicas, as chamadas concessões florestais, estão com trâmites mais avançados e viabilizados. “Porém é preciso ainda avançar em manejos de áreas privadas, para que possamos além de incentivar  a manutenção da floresta em pé, permitir que se extraiam produtos florestais madeireiros e não madeireiros”, destaca.

O manejo florestal de florestas nativas no Brasil acontece da seguinte maneira: a cada um hectare (equivalente a um campo de futebol), estima-se que existam de 600 a 700 árvores. Nesse hectare são retiradas apenas 5 árvores e para cada espécie retirada, precisa-se deixar ao menos três indivíduos da mesma espécie nessa área. 

“Hoje já é comprovado que uma floresta que foi manejada, ela se mantém saudável por mais tempo, além de que, quando se fala em carbono, com o manejo você aumenta o estoque de carbono naquela floresta, pois se retiram árvores maduras e se estimula a regeneração”, apontou Deryck.

Aqui está a grande oportunidade da exploração sustentável de florestas nativas: a escalabilidade. Segundo Marcelo, de todo o território brasileiro cerca de 50% é de mata nativa. Então, enquanto o mercado de madeira exótica (pinus e Eucalipto) vive incertezas quanto ao abastecimento de matéria prima a longo prazo, a madeira nativa já está pronta para ser colhida, é claro, sob a ótica do manejo citado acima. “Se o país desenvolver políticas que colaborem para a exploração sustentável, podemos abraçar uma fatia considerável do mercado”.

Como dito no início deste texto, estimular o consumo de madeira oriunda de manejo sustentável é uma das formas de se pressionar que existam mais iniciativas de se explorar as florestas brasileiras de forma consciente. E o conhecimento é a principal chave para barrar o desmatamento e promover a manutenção das florestas. Ouça isso e muito mais no sexto episódio do podcast WoodFlow.

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no youtube ou nas plataformas de streaming de áudio.

Informações: WoodFlow | Imagem destaque: divulgação.

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Exclusiva – 1º Forest Carbon Brasil acontecerá em setembro, na capital de SP; inscrições já podem ser realizadas no site oficial

Evento abordará os principais desafios e potencialidades do mercado de carbono florestal no país; primeiro lote de inscrições no site www.forestcarbon.com.br vai até 15/08

No dia 04 de setembro, no Salão Nobre da Sala São Paulo, em São Paulo (SP), será realizado o Forest Carbon Brasil (https://forestcarbon.com.br/), que destacará em sua primeira edição os desafios, e oportunidades econômicas do Brasil em mercados de carbono, a partir de uma ótica que pauta o setor florestal. No evento estarão reunidos as principais empresas, instituições e profissionais do segmento, sendo uma oportunidade ímpar para trocas e experiências, networking e benchmarking, com ambiente propício focado nos temas.

O Forest Carbon Brasil é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/) em parceria com a SIF – Sociedade de Investigações Florestais (https://sif.org.br/) e organização técnica do sócio diretor do Grupo Index (https://indexgrupo.com.br/), Marcelo Schmid.

“O congresso Forest Carbon foi idealizado há três anos, mas ainda não tínhamos a legislação para que possibilitasse o início das negociações e da segurança que o setor esperava. Agora sim. Mas ainda há muitas dúvidas e falta de informações para o comércio de carbono florestal. E esse é o grande motivo do nosso evento: esclarecer e informar. Por isso convidamos o Marcelo Schmid, com todo seu conhecimento sobre esse mercado, para poder nos ajudar a formar esse dream team de palestrantes para o Forest Carbon. Realmente a programação está imperdível”, destaca Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações, e do portal Mais Floresta.

“As palestras do Forest Carbon Brasil foram especialmente pensadas para abranger os principais temas, iniciativas, projetos e negócios de carbono que estão movimentando as florestas brasileiras. Selecionamos profissionais de instituições de destaque nesse mercado para debater aspectos técnicos, legais e tecnológicos que certamente vão impactar positivamente o nosso setor”, informa Marcelo Schmid, CSO do Grupo Index.

Marcelo (Grupo Index) e Paulo (Paulo Cardoso Comunicações).

“O Forest Carbon será um momento crucial para o setor florestal brasileiro, falar de carbono é urgente. O evento tem potencial de desmistificar muitas falácias e disseminar conceitos fundamentais amparados pelo que há de mais robusto na ciência, isso promoverá um entendimento mais profundo e abrangente sobre o mercado de carbono. Reunindo profissionais altamente qualificados, o debate enriquecedor que nós gostamos está garantido. Um evento como o Forest Carbon é um grande passo para o fortalecimento e expansão do mercado de carbono florestal no Brasil, impulsionando o setor rumo a um futuro ainda mais sustentável”, frisa Wilton Ribeiro, gerente executivo na SIF – Sociedade de Investigações Florestais.

Wilton (SIF).

Programação & networking

As palestras do Forest Carbon Brasil foram especialmente pensadas para abranger os principais temas, iniciativas, projetos e negócios de carbono que estão movimentando as florestas brasileiras. Foram selecionados profissionais de instituições de destaque nesse mercado para debater aspectos técnicos, legais e tecnológicos que certamente vão impactar positivamente o nosso setor. Confira a programação completa no site oficial do evento.

Mercado de Carbono – Status no Brasil   

Em dezembro de 2023, a Câmara aprovou por meio do PL 2148/15, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, com o objetivo de criar incentivos para frear emissões de gases do efeito estufa e reduzir impactos das empresas sobre o clima. O mercado voluntário de carbono representa uma oportunidade estratégica para o Brasil. Ao adotar e promover este mercado, o país não apenas contribui para a luta global contra as mudanças climáticas, mas também impulsiona seu próprio desenvolvimento econômico, ambiental e social. É essencial que o governo, as empresas e a sociedade civil trabalhem juntos para aproveitar ao máximo esta oportunidade, transformando desafios ambientais em alavancas para o crescimento sustentável.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Empresa Reflorestar investe em eficiência energética e sustentabilidade

Empresa reduziu o consumo de combustíveis e a emissão de CO2, impulsionando a produtividade

A busca por eficiência energética e práticas sustentáveis tem se destacado como uma prioridade para empresas do mercado florestal, que reconhecem a importância de alinhar suas operações aos princípios de sustentabilidade. A Reflorestar Soluções Florestais, única empresa prestadora de serviços no país que fornece uma solução totalmente mecanizada em todas as etapas da cadeia de produção florestal, tem se destacado em iniciativas que visam reduzir o consumo de combustíveis e emissões de CO2.

Para o diretor florestal, Igor Dutra de Souza, a adoção de máquinas modernas, profissionais capacitados e práticas inovadoras tem sido fundamental para alcançar a eficiência energética na empresa. “Em 2021, começamos uma reestruturação na empresa para oferecer aos clientes soluções com maior eficiência energética aliadas ao crescimento de produtividade.” 

Desde 2021, a empresa investiu cerca de R$ 37,7 milhões em máquinas e implementos mais modernos e eficientes. Esses investimentos resultaram em uma redução significativa no consumo de diesel e nas emissões de CO2. Por exemplo, as operações de colheita de árvores em áreas reflorestadas registraram uma redução de aproximadamente 330 mil litros de diesel de 2021 a 2023, evitando a emissão de mais de 850 toneladas de CO2 no meio ambiente.

Estas iniciativas proporcionaram um aumento na produtividade do sistema Full Tree ao longo dos anos. Em 2023, a Reflorestar alcançou uma média de 127,55 m³/h, superando a marca de 2021 que estava em 107,96 m³/h. A projeção para 2024 é ainda mais otimista, com uma estimativa de 140,17 m³/h.

Inovação e Sustentabilidade

A manutenção mecânica também é um ponto fundamental para a conquista dos valores sustentáveis. No ano passado, a Reflorestar desenvolveu a “Oficina de Afiação Móvel para Manutenção do Conjunto de Corte”, também conhecida como “Casinha de Afiação”. Essa inovação, focada na atividade de traçamento, contribuiu para a redução da necessidade de deslocamento de equipamentos, diminuindo assim o consumo de diesel e as emissões de CO2.

Além disso, a empresa enfatiza a importância da capacitação técnica e comportamental dos colaboradores para garantir a eficiência operacional e ambiental. “Os princípios sustentáveis fazem parte da nossa cultura empresarial, e nossos colaboradores são parte integrante desses valores”, destaca Souza.

A Reflorestar reafirma seu compromisso com a eficiência energética e a sustentabilidade, destacando esses valores como pilares estratégicos para o setor florestal. “Contribuir para a sustentabilidade ambiental e reforçar nossa responsabilidade corporativa são objetivos essenciais para o nosso crescimento sustentável”, conclui o diretor florestal.

Essas iniciativas da Reflorestar Soluções Florestais não apenas demonstram seu compromisso com o meio ambiente, mas também reflete uma tendência crescente no setor, onde empresas estão buscando soluções inovadoras para operar de forma mais sustentável e eficiente.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Manejo florestal climático e a nova silvicultura de mercado: uma abordagem integrada

*Artigo por Adriana Maugeri.

O cenário global atual demanda ações decisivas e que tragam benefícios em escala em relação aos efeitos das mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), organismo que reúne cientistas de diversos países, alerta para a necessidade urgente de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa em até 2030, a fim de evitar um aumento de temperatura acima de 1,5 graus Celsius. Mais do que reduzir as emissões, é preciso também capturar o carbono excedente que já foi emitido e que está em nossa atmosfera.

Integrando o valioso grupo de soluções baseadas na natureza, o manejo florestal emerge como uma alternativa vital, visto que as florestas, tanto as plantadas quanto as conservadas, desempenham um papel fundamental na captura e fixação de carbono em seus componentes e especialmente no solo. Neste contexto, o Brasil, com sua vasta agroindústria florestal em franco desenvolvimento, possui uma posição privilegiada.

Gosto de expressar que o nosso planeta não depende de nossa ação direta para ser salvo como os alarmistas propagam, muito pelo contrário, somos apenas uma das milhões de espécies que hoje o habitam e que certamente em algum momento de sua evolução, no contexto estrito do Darwinismo, deixaremos de habitar da mesma forma para dar espaço às novas espécies melhores adaptadas ao ambiente que aqui se apresentar. Obviamente, somos capazes de acelerar o ritmo de sua degradação a níveis insustentáveis. Mas o jogo das alterações climáticas nos evidencia que quem está correndo risco eminente de ser extinta é a nossa espécie, juntamente com outras tantas.

Esta finitude da humanidade, em momento desconhecido, é certa, mas nos afasta da realidade científica, do fato. Ter ciência de que somos de fato frágeis e que estamos em risco de extinção, acredito que nos traria em menor tempo e maior relevância, ações, envolvimento, engajamento, inovação para além dos belos discursos, que realmente fizessem a diferença e nos trouxesse maior qualidade de vida.

Esta distância também é frequentemente vista entre os dados científicos sobre os inúmeros benefícios ambientais escalonáveis proporcionados pelo manejo de florestas plantadas apresentados por milhares de estudos e pesquisas comprometidas, versus a frágil certeza de muitos especialistas de que um forte pilar para a solução da crise climática não são as remoções vegetais de carbono e sua fixação e ciclagem nos solos, tal qual a nossa Terra nos ensina diariamente quando permitimos que ela seja nossa professora, vale frisar.

Enquanto alguns dos especialistas globais em crise climática reduzem a distância entre a certeza e a ciência disponível para se alimentarem, a agroindústria florestal brasileira continua expandindo e entregando resultados impressionantes e alinhados entre plantar, produzir e conservar, sempre em grande escala. Entretanto, assim como o planeta vem mudando a passos largos, o manejo florestal também. Mas não o seu conceito apenas, mas a sua razão existencial. Manejar florestas para otimizar ganhos em produção e gerar um bom resultado financeiro, não é mais apenas o que deve motivar o produtor florestal atento e contemporâneo.

É preciso manejar florestas para potencializar os ganhos produtivos e também os ganhos climáticos, visar resultados operacionais atraentes e também possibilidades de ganhos com operações financeiras verdes que remunerem o serviço ambiental prestado. Manejar florestas para produzir mais madeira e também para ampliar a oferta de bioprodutos que substituirão materiais de fontes não renováveis. Chamo esta visão sistêmica de manejo florestal climático. Para ir além da produção de madeira, o produtor florestal precisa a aprender como este material nobre, renovável e limpo pode agregar valor ao seu negócio nos próximos anos, quais serão suas vantagens frente a outros produtos e, principalmente, como ele vai “vender” de forma consistente seu diferencial.

O manejo florestal climático traz em sua essência a rastreabilidade da origem, o acompanhamento ajustado e reportado da exaustão dos ativos, sejam eles materiais ou até mesmo financeiros, como os possíveis créditos de carbono gerados por exemplo, a busca e prática constante pelas técnicas que contribuam para a regeneração, recuperação e até mesmo a renovação dos recursos naturais que fornecem meios ou que estejam presentes em nossa operação, tais como o solo, ar, água, biodiversidade, biomassa.

Dito isso, aconselho aprofundar em conceitos que estimulem a inovabilidade de sua aplicação no manejo florestal, tais como: silvicultura de precisão, técnicas regenerativas de solo, uso de inteligência artificial como auxiliar à sensibilidade humana, uso integrado e avançado das ferramentas meteorológicas,  novos produtos de origem florestal-mercados e produção, integração florestal, lavoura e pecuária, entre tantos outros são fundamentais para garantir a eficiência e a sustentabilidade da produção florestal dos próximos anos. Para além disso, cada vez mais a colaboração setorial sinérgica, a estratégica definida de representação e advocacy dos segmentos setoriais e o investimento contínuo em parcerias são essenciais para enfrentar os desafios futuros.

A transformação da agroindústria florestal rumo a uma abordagem mais sustentável e integrada não apenas fortalecerá o setor economicamente, mas também contribuirá significativamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável em âmbito global.

Desafios e perspectivas para um manejo florestal climático

A agroindústria florestal brasileira tem visto um aumento significativo na demanda global por produtos que possam substituir materiais de origem não renováveis. No entanto, como percebemos,  falta uma atitude de urgência maior em adaptar hábitos e decisões às demandas climáticas do hoje.

Apesar das oportunidades crescentes no setor florestal, muitos ainda estão inertes diante da necessidade de mudança. É fundamental adotar um novo modelo de manejo florestal que promova a perenidade, versatilidade e lucratividade, alinhado à governança climática.

A agroindústria florestal possui um papel crucial na governança climática global, podendo neutralizar uma parcela significativa das emissões de carbono, atuais e as já acumuladas. No entanto, urge um novo mindset por parte dos decisores políticos e empresariais para ampliar e dar alcance a essa vantagem competitiva.

Aqueles que encontrarem soluções diferenciadas e holísticas serão os verdadeiros líderes nesse novo cenário, garantindo não apenas lucratividade, reconhecimento, pioneirismo, mas a nossa possível melhoria de qualidade de vida neste planeta para nossa espécies e para outras tantas que não podem se expressar.


*Adriana Maugeri é presidente da AMIF – Associação Mineira da Indústria Florestal e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Texto em versão estendida | Originalmente escrito para a GlobalFert 2024.

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Valmet está entre os líderes em sustentabilidade do ranking CDP

Multinacional finlandesa figurou na “A List” da organização internacional pelo trabalho climático

A organização internacional sem fins lucrativos CDP (Carbon Disclosure Program) é uma plataforma global de divulgação ambiental que impulsiona empresas e governos a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, salvaguardar os recursos hídricos e proteger as florestas. Baseando-se em uma análise das estratégias, metas, governança, riscos e oportunidades, gestão de riscos e ações no último ano, o CDP reconheceu a Valmet – um dos principais players de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia – como líder global em sustentabilidade corporativa, incluindo-a na “A List” pela transparência de suas estratégias de mitigação das mudanças climáticas e pelo desenvolvimento de tecnologias e soluções de baixo carbono. 

A implementação do Programa Climático é uma alta prioridade para a Valmet. O programa abrange toda a cadeia de valor da empresa: cadeia de suprimentos, operações próprias e a fase de utilização das tecnologias e serviços da Valmet por seus clientes. “Ser reconhecido entre os líderes em sustentabilidade com a classificação A do CDP é uma prova positiva do nosso trabalho climático e das nossas metas ambiciosas. Avançamos consistentemente com o nosso Programa Climático, que abrange toda a cadeia de valor e permite uma produção neutra em carbono aos nossos clientes em todo o mundo. Estamos satisfeitos com os resultados até agora, mas reconhecemos a importância dos esforços contínuos”, afirma a vice-presidente sênior de Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Relações Corporativas, Anu Salonsaari-Posti. 

Durante 2023, a empresa atingiu a meta de permitir uma produção 100% neutra em carbono para seus clientes de celulose, papel e energia, sete anos do previsto. Nas operações, a multinacional fez investimentos significativos em eficiência energética para reduzir as emissões de CO2 nas instalações e adquiriu eletricidade livre de CO2, alcançando 100% de compras de eletricidade neutra em CO2 na Finlândia e na Suécia em 2023. Na cadeia de fornecimento, a empresa conseguiu envolver mais de 90 fornecedores com maiores emissões para adotarem mudanças climáticas.

Ação local 

Na América do Sul o site de Araucária (PR) possui ações de eficiência energética com geração de energia por painéis solares, somada à entrada da empresa no mercado livre de energia e atingindo 100% de consumo neutro de emissões de CO2. Até o final de 2025, a indústria planeja que todos os sites no Brasil, nas unidades de Sorocaba, Belo Horizonte e Joinville, também alcancem totalmente a neutralidade de emissão de CO2.   

A Valmet mantém sua posição de liderança no programa climático do CDP desde 2016, corroborando que a sustentabilidade está no centro das operações e da estratégia de negócios da companhia.

Portfólio com tecnologias que garantem eficiência energética  

Hoje, as fábricas de celulose dos clientes que utilizam as tecnologias da Valmet são 100% autossuficientes em bioenergia. Além disso, a oferta atual de caldeiras de biomassa da Valmet permite a produção de energia e calor 100% livre de fósseis. 

Ainda em 2023, a Valmet foi reconhecida pelas suas ações e estratégias para reduzir as mudanças climáticas, sendo incluída pelo 10.º ano consecutivo no Índice Dow Jones de Sustentabilidade como uma das líderes mundiais em sustentabilidade. 

Sobre o CDP

O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que impulsiona empresas e governos a gerenciar seus impactos ambientais. A lista do CDP de todas as empresas que participam publicamente de sua divulgação climática deste ano está disponível no site do CDP.

Sobre a Valmet

A Valmet é líder global no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias avançadas de processos, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. Com nossos sistemas de automação e soluções de controle de fluxo abrangem uma gama diversificada de indústrias de processo. Com uma equipe de mais de 19.000 profissionais distribuídos globalmente, nos empenhamos em fortalecer o desempenho operacional de nossos clientes diariamente, garantindo uma parceria próxima e eficaz. A empresa tem mais de 220 anos, a Valmet é sinônimo de inovação constante, melhorias contínuas e compromisso com a excelência. Em 2023, as vendas líquidas atingiram aproximadamente 5,5 bilhões de euros, refletindo a solidez no mercado e a confiança dos nossos clientes. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e a sede fica em Espoo, na Finlândia. Mais informações em:  valmet.com | X | X (IR) | LinkedIn | Facebook | YouTube | Instagram |

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