Em 11 anos, inovação e tecnologia alavancaram os índices ambientais da produtora de celulose brasileira
Uma das definições possíveis de eficiência, em se tratando da Eldorado Brasil, é produzir mais celulose com menos água e produtos químicos, gerando menos efluentes e forte remoção de carbono da atmosfera a partir de suas florestas plantadas. Toda a estratégia por trás dessa operação foi o foco da conversa com dois executivos na empresa, Fernando Storchi, diretor financeiro, e Elcio Trajano, diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação da companhia.
“A Eldorado é uma empresa jovem em um segmento muito tradicional. Mesmo assim, é uma das mais competitivas em termos de produção, atividade florestal e sustentabilidade. O uso de inovação e a tecnologia, desde sempre na operação, nos tornaram referência no setor”, afirma Storchi.
O segredo para a operação bem-sucedida e eficiente está nas pessoas, segundo Trajano. “São mais de 5 mil pessoas que, em todas as áreas, geram todo esse resultado”, diz. A empresa adota a primarização, com colaboradores próprios para todas as atividades.
Quando questionados sobre o papel de práticas de ESG, os executivos reforçam que a companhia de base florestal já nasceu com esses conceitos fazendo parte da estratégia. “Nós retiramos do meio ambiente 38 milhões de toneladas de gás carbônico, ou seja, 12 vezes mais do que geramos. Isso tudo está no nosso DNA. Auditorias externas confirmam que adotamos as melhores práticas de cuidados com impactos de gases do efeito estufa”, ratifica o diretor de RH da Eldorado Brasil. “A sustentabilidade é um de nossos direcionadores, envolvendo cuidado com emissões, manejo nas florestas, olhar aos colaboradores e desenvolvimento da comunidade. E, cada vez mais, uma governança forte.”
Com olhar para a economia circular, a empresa também investiu na geração de energia limpa. “A operação industrial da Eldorado gera energia limpa e renovável, que é usada para a produção de celulose, vendida para fornecedores do parque industrial e para o mercado”, conta o diretor financeiro. “Além disso, nós investimos em uma operação única no Brasil e no mercado de papel e celulose, a usina termoelétrica Onça Pintada, que produz 50 megawatts-hora a partir de ‘sobras’ de biomassa de eucalipto no campo. Esse volume é o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 700 mil habitantes.”
“Ano após ano, a gente consome menos água, utiliza nossa própria energia, diminui o impacto ambiental, aumenta as áreas de conservação”, completa Trajano. Além de muita tecnologia e do desenvolvimento constante de processos inovativos, outra questão essencial é a preocupação obstinada com melhoria da eficiência no dia a dia da empresa. “A gente valoriza muito isso. Como é que posso fazer diferente, com mais simplicidade, com atitude de dono, respeito e foco no resultado. Tudo é elemento do nosso diferencial competitivo na reta final”, diz o diretor de RH.
A operação da empresa é certificada por entidades internacionais que asseguram a adoção de boas práticas em todas as etapas do processo produtivo. Por exportar boa parte do volume produzido, esses atestados também contribuem para o negócio. “Os clientes têm acesso às nossas práticas, e isso está se tornando cada vez mais comum, ainda mais quando buscamos relacionamentos de longo prazo”, conta Storchi.
Olhando para o futuro, o desafio que se impõe para a Eldorado Brasil está claro: além de continuar crescendo, o importante é manter o foco nos resultados sustentáveis para que mercados emergentes, como o chinês, possam ser contemplados.
“A Eldorado tem um rumo muito claro de seriedade, de respeito com as pessoas, com as comunidades vizinhas, com todas as empresas e associações com quem ela se relaciona. Vamos continuar trabalhando na manutenção e melhoria dos resultados”, afirma Trajano.