PÁGINA BLOG
Featured Image

Juros altos podem prejudicar novo leilão da Rota da Celulose

Modelagem feita pelo governo oferece taxa de retorno de 10,47% ao ano pelo investimento; abaixo da Selic, que está em 12,75% e com perspectiva de alta

A elevação dos juros e o aumento do preço do dólar têm sido uma pedra no sapato nos planos do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para conceder à iniciativa privada o conjunto de rodovias formado majoritariamente pela BR-262, MS-040, MS-338 e MS-393, além da BR-267, chamado de Rota da Celulose.

No início deste mês de dezembro, após as demonstrações dos grandes players do setor de logística de que ninguém estava interessado em investir pelo menos R$ 9 bilhões nestas rodovias de Mato Grosso do Sul ao longo dos próximos 30 anos, o governo de Mato Grosso do Sul retirou o edital e pretende enviar à B3, no primeiro semestre de 2025, um novo edital para tentar leiloar estas rodovias à iniciativa privada.

O fator preponderante para a falta de interessados foi a concorrência desleal com a Taxa Selic, a taxa de juros do Banco Central do Brasil (BC), que subiu 1% neste mês, para 12,75%, e tem viés de alta de mais um ponto percentual nas duas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Monetária (Copom), chegando a 14,75% ao ano até o mês de março.

O conjunto de rodovias que o governo de Mato Grosso do Sul pretende leiloar estava oferecendo às empresas interessadas uma Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) de 10,37% ao ano. A taxa foi calculada em abril de 2024, quando o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a Taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026.

Agora, esta expectativa de redução na curva dos juros no médio e longo prazos foi prorrogada por pelo menos mais um ano, com perspectiva de início de queda para menos de um dígito em 2027, conforme indica o Boletim Focus mais recente do Banco Central. Certamente o governo de Mato Grosso do Sul terá de aumentar a TIR para competir em pé de igualdade com a Selic.

Estratégias

Uma das estratégias que serão adotadas pelo governo de Eduardo Riedel (PSDB) é a de alongar o encargo dos investimentos a serem realizados.

O edital da Rota da Celulose prevê investimentos diretos – chamados de Capex, no “idioma” do mercado – de R$ 6 bilhões durante a concessão de 30 anos, sendo que mais da metade deste valor seria despendida nos primeiros três anos de concessão.

A ideia é esticar as exigências, como implantação de terceiras faixas e duplicação de Campo Grande a Ribas do Rio Pardo pela BR-262.

Um servidor de alto escalão da administração estadual disse ao Correio do Estado, neste mês, que há apenas duas formas de aumentar o interesse pelo conjunto de rodovias neste cenário de juros altos e aumento dos custos (alta do dólar): redução do Capex ou aumento na tarifa de pedágio.

Claramente, Eduardo Riedel (PSDB) deu mostras de que vai optar pela flexibilização das operações. “Sem mexer em preço de pedágio e sem mexer no projeto original, mas deslocando algumas ações”, disse o governador de Mato Grosso do Sul durante evento na Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) na sexta-feira (20).

Riedel pretende alongar os investimentos. Obras que estavam previstas para os primeiros anos de contrato serão empurradas também para o médio prazo. O edital que foi a leilão e não teve interessados previa a concentração dos investimentos da ampliação da capacidade até 2028, ano em que eles bateriam R$ 400 milhões. A ideia é diluir esses valores, que somam R$ 1,8 bilhão, em um período maior.

Esse R$ 1,8 bilhão está incluído nos aproximadamente R$ 6 bilhões em investimentos em melhorias (Capex). Também existem mais R$ 3 bilhões de investimentos em custo fixo de manutenção (Opex). O governo não deve mexer neste valor, apesar de existir certa flexibilidade.

Somente para garantir todos os investimentos necessários no Capex, seria necessário o levantamento de R$ 1,895 bilhão por meio de financiamentos em bancos, praticamente todo o valor da ampliação da capacidade. A receita com pedágio não daria conta desse investimento.

A alta da Selic, além de reduzir a atratividade para a remuneração do investidor, ainda deixou o custo do dinheiro para reformar as rodovias maior.

O governo também prevê uma outorga – o valor que o concessionário paga ao poder concedente pela concessão – de R$ 74 milhões de entrada e mais R$ 297 milhões de outorga variável, que será pago ao longo dos 30 anos de concessão. Esses valores estão incluídos nas “despesas operacionais”, o chapado “Opex”.

Os recursos da outorga variável serão usados para financiar a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), a Polícia Rodoviária Estadual, entre outras instituições.

Tarifa de pedágio

A modelagem econômico-financeira da Rota da Celulose prevê a instalação de 12 praças de pedágio, sendo que a praça de Bataguassu, na BR-262, teria o valor mais barato: R$ 4,70, enquanto a praça de Ribas do Rio Pardo, na BR-262, teria o valor maior: R$ 15,20.

As praças de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, na MS-040, seriam as segundas mais caras: R$ 13,70.
 

Informações: Correio do Estado.

Featured Image

VLI atinge 1 milhão de toneladas de celulose movimentadas no Porto de Barra do Riacho (ES)

Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec

A VLI, companhia especializada na operação de terminais, ferrovias e portos, atingiu um importante marco em sua operação logística ao movimentar 1 milhão de toneladas de celulose solúvel no porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. O volume foi transportado por meio do Corredor Leste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e tem como destino o mercado asiático, consolidando a parceria com a LD Celulose.

Desde o início das operações conjuntas em 2022, a VLI tem sido responsável pela logística de transporte da celulose produzida pela LD Celulose, localizada em Indianópolis, no Triângulo Mineiro. O acordo entre as duas empresas, firmado em 2021, tem duração de 30 anos e visa movimentar 500 mil toneladas anuais dessa commodity, com a previsão de investimentos significativos em infraestrutura. Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec, ambas empresas nacionais.

Daniel Schaffazick, diretor de operações do Corredor Leste da VLI, celebrou a marca de 1 milhão de toneladas movimentadas, destacando o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país. “Este resultado é uma prova do nosso empenho em gerar riqueza e progresso por meio de operações eficientes e seguras. Também reflete nossa capacidade de criar soluções logísticas que beneficiam tanto os clientes quanto o sistema portuário do Espírito Santo, um parceiro estratégico importante para nós”, afirmou Schaffazick.

A LD Celulose também reconhece a importância do transporte ferroviário para a eficiência de suas operações. Segundo Silvio Costa, presidente da empresa, “a parceria com a VLI permite que movimentemos grandes volumes de celulose de forma segura e econômica, além de fortalecer nossa capacidade de atender à crescente demanda do mercado global”.

O fortalecimento da parceria não se limita à movimentação da carga. A VLI também tem investido em melhorias na infraestrutura ferroviária, com destaque para obras em Aracruz, no Espírito Santo. A ampliação do pátio de manobras, uma estrutura para reparos leves em vagões, recebeu um aporte de R$ 40 milhões, além de contrapartidas sociais acordadas com a comunidade local.

Crescimento do setor de celulose e papel

A exportação de celulose brasileira continua a crescer. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações de celulose no primeiro semestre de 2024 avançaram 19% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando US$ 4,95 bilhões. Durante o mesmo período, a produção nacional de celulose foi de 12,7 milhões de toneladas, com 9,5 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo.

A VLI e a LD Celulose, com suas operações no Corredor Leste, estão alinhadas com esse crescimento, contribuindo significativamente para o aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional de celulose, especialmente no exigente mercado asiático.

Malha ferroviária da FCA

O Corredor Leste, parte da , conecta os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e é fundamental para o escoamento de diversos produtos, como celulose, grãos, carvão e fertilizantes. A VLI, que opera tanto ferrovias quanto portos, movimenta anualmente cerca de 16,7 milhões de toneladas de carga por suas ferrovias e 16,2 milhões de toneladas através dos portos capixabas.

A malha logística também inclui o Terminal Integrador Araguari, o segundo maior terminal de transbordo de grãos e fertilizantes da América Latina, e o Terminal Integrador Pirapora, que impulsiona o desenvolvimento agrícola no norte de Minas Gerais. A eficiência dessas operações contribui para o crescimento do setor e para o fortalecimento da infraestrutura logística no Espírito Santo, um dos principais hubs exportadores do país.

Informações: Transporte Moderno.

Featured Image

Suzano testa caminhão elétrico com CMT de 120 toneladas

Caminhão irá operar no transporte de celulose em rota com menos de cinco quilômetros entre fábrica e porto no Espírito Santo

Um caminhão elétrico com capacidade máxima de tração (CMT) de até 120 toneladas começou a operar na Unidade Aracruz (ES), da Suzano, por meio de uma parceria com a VIX Logística, que pertence ao Grupo Águia Branca. Chamado de Atlas, o veículo iniciou sua fase de avaliações operacionais em maio e irá operar no transporte de celulose.

O veículo elétrico em teste tem potencial para reduzir em até 20% a emissão de poluentes no trajeto entre a fábrica e o Portocel, terminal por onde a produção é exportada, que possuem 4,3 quilômetros de distância.

O Atlas foi projetado a partir de um caminhão Mercedes Benz modelo Axor 3344 e é equipado com motor elétrico e baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP). A provisão é de que o bruto economize até 8.300 litros de diesel por mês, assim como de cerca de 21 toneladas de CO2.

Ter um drive de inovação dentro da empresa nos permite testar soluções criativas e arrojadas. A adoção de tecnologias eficientes e sustentáveis é uma grande tendência do mercado, e a VIX se destaca nesse movimento, mantendo-se na vanguarda do setor de logística“, destaca Elias Alves, diretor da VIX e responsável pelo VIVA – VIX Veículos Autônomos.

A iniciativa deverá ser expandida para outras operações da empresa. “A parceria com a VIX Logística é estratégica para nós, e esse teste representa um marco em nossos esforços para impulsionar a inovação em nossas operações. Acreditamos que essa iniciativa abre caminho para soluções de transporte mais limpas e eficientes“, afirma Beatriz Nalevaiko Venturini, gerente de Excelência Operacional da Suzano.

Featured Image

Atenção ao trânsito: Bracell circula carreta com novo design para conscientizar sobre Maio Amarelo

Para marcar o Maio Amarelo, mês de conscientização sobre as Leis de Trânsito, a Bracell circula nas rodovias com um de seus caminhões com um novo design, reiterando a importância da conscientização e cuidado no trânsito.

A carreta faz o transporte de celulose da fábrica, localizada em Lençóis Paulista, até o Terminal Intermodal de Pederneiras. Além disso, a empresa fará ações internas como curso de direção defensiva, reforço das práticas de segurança e orientações para um trânsito mais seguro, atitudes que fazem a diferença e impactam positivamente toda a comunidade.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a empresa possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Outras informações www.bracell.com.

Featured Image

Suzano recebe da Cosco Shipping navio especializado para o transporte de celulose

Com capacidade para 77 mil toneladas, embarcação é a maior do mundo desta categoria

Suzano, uma das principais referências globais na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, celebra com a Cosco Shipping Specialized Carriers a entrega do “Green Santos”, nome dado ao primeiro navio projetado especificamente pela empresa chinesa para atender a Suzano. A embarcação, lançada ao mar no dia 22 de dezembro, no Porto de Dalian, na província de Liaoning, na China, possui capacidade (deadweight tonnage – DWT, na sigla em inglês) para transportar 77 mil toneladas e é o maior navio desta categoria em todo o mundo. A maior capacidade da embarcação resulta em uma menor pegada de carbono por tonelada transportada, tornando o modelo mais amigável ao meio ambiente.

A partir desse semestre, o “Green Santos” terá um papel relevante no transporte da celulose da Suzano que parte do Porto de Santos, no estado de São Paulo, para vários destinos no mundo, principalmente a China. A embarcação, integrante de uma frota de navios com porte semelhante que deve ser entregue em 2024, foi construída para atender o aumento previsto das exportações de celulose proveniente da fábrica da Suzano em construção em Ribas do Rio Pardo (MS). Conhecida como Projeto Cerrado, a unidade entrará em operação até junho de 2024 e terá sua produção escoada a partir da cidade do litoral paulista, primeiro destino do “Green Santos”.

Uma vez iniciada, a nova unidade industrial será a maior fábrica de celulose de linha única do mundo e aumentará a capacidade de produção da Suzano em mais de 20%, ou 2,55 milhões de toneladas por ano. Além disso, a unidade será autossuficiente em energia, com 100% da energia proveniente de fontes renováveis, e exportará um excedente de 180 megawatts (MW) para o sistema nacional de energia.

‘’Estamos orgulhosos de testemunhar a entrega bem-sucedida do primeiro navio desse porte e que será operado pela Suzano. Essa embarcação nos permite atender a demanda crescente por produtos sustentáveis à base de celulose no mundo todo”, diz o diretor comercial da Suzano na Ásia, Jeff Yang.

“A ampliação da parceria com a Cosco Shipping reforça o nosso compromisso com o aumento de produtividade, com a qualidade do serviço prestado aos nossos clientes e com a sustentabilidade, uma vez que os novos navios terão maior capacidade de carregamento de celulose e permitirão a otimização do fluxo marítimo em nossas operações”, complementa a diretora de Logística e Planejamento Comercial da Suzano, Silvia Krueger Pela.

Inicialmente, a Suzano e a Cosco Shipping Corporation se tornaram parceiras no transporte de celulose em 2017. Desde então, a parceria se expandiu tanto em volume quanto no escopo do serviço, à medida que o negócio da Suzano crescia na China. Em 2022, as empresas assinaram um novo contrato de longo prazo, que prevê que Cosco Shipping irá construir um lote de novas embarcações customizadas para a Suzano.

O comunicado sobre a entrega do “Green Santos” foi feito pela companhia (BOV:SUZB3) nesta quarta-feira (03/01).

Featured Image

Suzano inicia testes com caminhão autônomo para a movimentação de celulose no Porto do Itaqui

A Suzano iniciou os testes com um caminhão autônomo para a movimentação de celulose no Porto do Itaqui, localizado em São Luís (MA). Esses testes estão ocorrendo de forma simultânea no Portocel (sociedade entre a Suzano e Cenibra), em Aracruz (ES).

Os caminhões são totalmente controlados por inteligência artificial e utilizam câmeras e sensores integrados a diversos sistemas robóticos. O Sistema emprega uma abordagem Proporcional Integral Derivativa (PID), resultando em comandos para aceleração, frenagem e direção. Segundo a Suzano, essa abordagem otimiza o consumo de combustível e reduz custos operacionais em cerca de 17% e minimiza o impacto ambiental.

A configuração autônoma dos veículos não apenas aprimora a eficiência operacional e a segurança, mas também oferece vantagens em relação a operações convencionais. Com um tempo de reação padrão de um décimo de segundo, o sistema autônomo supera a capacidade humana, essencial para lidar com eventos simultâneos em emergências.

O projeto considera a utilização de cavalos mecânicos adaptados para transporte interno de celulose, principal carga movimentada pela empresa.

A tecnologia nos veículos, desenvolvida pela empresa Lume Robotics, abrange visão computacional, mapeamento, localização, planejamento de rotas, tomada de decisão, controle e central de operações. Os testes contemplam movimentações internas, desde o transporte da carga de celulose até subprocessos como embarque de navio, descarga de barcaças e movimentações em pátio, armazém e cais.

Essa tecnologia está alinhada com a estratégia da companhia de buscar soluções inovadores e cada vez mais sustentáveis para nossas operações. A iniciativa também reforça o compromisso continuo da Suzano de contribuir com o desenvolvimento do estado do Maranhão.

Temos a expectativa de que essa solução proporcione não apenas mais segurança e eficiência operacional, mas também fortaleça a cultura de inovação do Porto do Itaqui, resultando em ganhos significativos para o negócio e para a gestão, além do reforço da sustentabilidade ambiental por meio de uma operação com menor consumo de combustível”, finaliza Arnaldo Miranda, Gerente de Portos da Suzano.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S